Maioria dos portugueses admite pagar mais por bens essenciais mais sustentáveis
1 de fev. de 2025, 11:00
— Lusa
Entre
as várias categorias de produtos, destacou-se, em 2024, a energia, onde
57% dos inquiridos revelou estar disposto a pagar um extra por
sustentabilidade, o que representa um crescimento de 15 pontos
percentuais face a 2023.Adicionalmente, as
categorias de bens alimentares (56%), produtos de higiene (55%) e roupa
e acessórios (53%) são aquelas em que os inquiridos disseram ter maior
disponibilidade para pagar um extra por sustentabilidade. No fim da lista ficaram os bens de luxo (18%) e brinquedos e jogos (29%). A
análise concluiu ainda que os portugueses estão disponíveis para pagar,
em média, cerca de 10% a mais por sustentabilidade em qualquer
categoria de produtos.Ainda assim, apenas
32% dos inquiridos revelou considerar frequentemente o impacto ambiental
nas suas decisões, menos cinco pontos percentuais face à média
europeia, mas esta proporção sobe para 41% em adultos com mais de 64
anos, que “mostram uma maior consciencialização para este tema”.Adicionalmente,
12% dos inquiridos admitiu não tomar decisões sustentáveis, mais dois
pontos percentuais em relação ao ano anterior, e um em cada 10
inquiridos disse não estar familiarizado com o impacto das suas
escolhas.“Embora na teoria haja esta
disponibilidade, na prática, muitos portugueses ainda não traduzem esta
intenção em ações concretas no momento da compra, muitas vezes devido a
constrangimentos financeiros ou à falta de informação”, referiu, em
comunicado, o diretor-geral da BCG em Lisboa, Carlos Elavai.O
estudo “Consumer Sentiment Survey” (Pesquisa de opinião do consumidor)
tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo o território de
Portugal continental, feito entre 06 e 20 de agosto de 2024, com 38
perguntas relacionadas com os seus hábitos de consumo em 2024.