Autor: Lusa / AO online
Segundo esta sondagem, realizada pela sociedade Marc junto de 1.008 pessoas entre 8 e 10 de março, 48 por cento dos gregos afirmam sentir “ira e deceção” face às medidas de rigor, contra 16,7 por cento que opta pela “compreensão”, enquanto 19 por cento se declara “inquieta” com o futuro contra 16 por cento que espera um “novo arranque” para o país.
Cerca de 66 por cento dos entrevistados considera “injusto” o conjunto de medidas adotado no início de março.
Mas para um grego em seis, o governo não tinha escolha e para 50 por cento dos entrevistados o plano de austeridade vai “na boa direção”.
O plano de austeridade combinado com a “vigilância do país pela União Europeia” deverá para 53,7 por cento das pessoas interrogadas permitir ao país sair da crise.
A maioria dos entrevistados é a favor de uma resposta sindical moderada: para 40 por cento os sindicatos devem “procurar a paz social” e para 35 por cento “exprimir a oposição mas sem impulsionar vivas reações sociais”.
No entanto, um quinto dos questionados defende “um levantamento geral para obter a abolição das medidas”.
Apesar das críticas quotidianas na imprensa aos parceiros europeus, acusados de falta de solidariedade e de exagerar no rigor, 64 por cento dos entrevistados considera que o país deve continuar a negociar a saída da crise no âmbito europeu.
Apenas 17,5 por cento dos inquiridos defende o recurso ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
As sondagens das últimas semanas mostram que apesar das fortes inquietações dos gregos face à austeridade o governo tem o apoio da maioria da opinião pública.