Maioria das ligações da easyJet com a Madeira assegurada durante greve
12 de ago. de 2024, 11:54
— Lusa/AO Online
“O
diálogo constante quer com o ministério liderado por Miguel Pinto Luz
[Infraestruturas], quer com a companhia aérea permitiu que, apesar do
cenário instável de greve, o impacto na acessibilidade à região autónoma
seja mínimo”, lê-se numa nota divulgada pela Secretaria Regional de
Economia, Turismo e Cultura madeirense.O
executivo adianta que, “de acordo com o despacho n.º 20/2024 publicado
hoje no portal da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho,
está garantida a totalidade da operação Lisboa-Porto Santo, assim como
todas as ligações internacionais para a Madeira”.Está
também “salvaguardada a manutenção de pelo menos dois terços da
operação doméstica para a Madeira (Lisboa-Funchal e Porto-Funchal) a 15,
16 e 17 de agosto”.Os restantes voos da
operação doméstica “ainda se mantêm em programação, o que significa que
poderão realizar-se, em função da adesão à greve”, menciona a tutela dos
transportes.Desde que foi anunciada a
greve da easyJet, em 01 de agosto, o Governo Regional da Madeira esteve
em contacto com o Ministério das Infraestruturas e Habitação e com a
transportadora para tentar assegurar as operações aéreas para a região -
“não só os serviços mínimos”, como as restantes ligações.Referindo
não pôr em causa as razões que levaram à convocação da paralisação
durante três dias, o executivo madeirense do PSD, liderado por Migue
Albuquerque, defende o “interesse regional de uma região ultraperiférica
da União Europeia” e a importância de assegurar a continuidade
territorial”.Nesses contactos, foi
destacado que a falta das ligações iria afetar, entre outras situações,
consultas e tratamentos médicos em território continental, o retorno a
casa de muitas pessoas e a perda de férias “em alguns casos não
reembolsáveis”.O Sindicato Nacional do
Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC) convocou três dias de greve de
tripulantes de cabine na easyJet, entre 15 e 17 de agosto, uma decisão
aprovada em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, acusando a
empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões
laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de
horas de trabalho.A paralisação tem início
às 00:01 de quinta-feira e fim às 24:00 de sábado, para “todos os voos
realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os
tripulantes de cabine estão adstritos”, em território nacional.