MAI vai repor aos polícias subsídios em período de férias em janeiro
25 de out. de 2018, 09:44
— Lusa/AO Online
Numa
nota enviada à agência Lusa, o MAI avança que vai ficar prevista uma
dotação orçamental de mais dez milhões de euros para pagar os
suplementos remuneratórios em período de férias a partir de 01 de
janeiro de 2019.O
anúncio do MAI surge no dia em que as polícias tem marcado uma
manifestação conjunta que vai decorrer entre a praça do Comércio e a
Assembleia da República, num protesto organizado pela estrutura que
congrega os sindicatos e as associações socioprofissionais mais
representativa do setor da segurança interna.
“Na sequência do diálogo com as associações sindicais e
socioprofissionais, e tendo em conta o sentido do Acórdão do Supremo
Tribunal Administrativo de maio, sobre o pagamento de suplementos
remuneratórios em período de férias, este passa a ser reconhecido a
partir de 1 de janeiro de 2019, ficando prevista a dotação orçamental de
mais quase 10 milhões de euros para pagar esses suplementos a partir do
próximo ano”, refere o Ministério tutelado por Eduardo Cabrita.No
caso da PSP, um dos principais motivos de adesão dos polícias ao
protesto nacional, segundo a Associação Sindical dos Profissionais de
Polícia (ASPP/PSP), é a reposição do pagamento dos suplementos em
período de férias.Uma
decisão do Supremo Tribunal Administrativo, tomada após uma decisão
interposta pela ASPP, considerou ilegais os cortes feitos, em 2011, aos
vários subsídios, como suplementos especiais de serviço de patrulha e de
turno, em período de férias.Na
nota, o MAI destaca que ano de 2018 “está a ser marcado por um forte
investimento” nas forças e serviços de segurança, tendo sido
descongeladas as carreiras desde 01 de janeiro e na PSP, GNR e SEF está
previsto que mais de 37.000 elementos progridam nas respetivas carreiras
até 2020, com um encargo orçamental de cerca de 40 milhões de euros.
Segundo o MAI, cerca de 20.000 elementos da PSP, GNR e SEF reunirão,
ainda este ano, os requisitos com vista a um novo posicionamento
remuneratório.Ao
nível das promoções, o Ministério sustenta que, em 2018, foram
autorizadas 1.500 promoções na PSP, representando “o número mais elevado
desta década”.Por
sua vez, na GNR foram autorizadas 1.846 promoções, o que significa um
número “bastante superior à média dos últimos cinco anos”.O
MAI recorda também que foi homologado, em abril, o parecer do Conselho
Consultivo da Procuradoria-Geral da República sobre o posicionamento
remuneratório dos subcomissários e agentes da PSP findo o período
experimental, situação que se mantinha indefinida desde a entrada em
vigor do novo Estatuto da PSP em 2015. De
acordo com o Governo, “esta nova realidade beneficiou cerca de 2.500
polícias, representando um encargo adicional de cerca de quatro milhões
de euros por ano”.O
Ministério tutelado por Eduardo Cabrita sublinha que foram “já
praticados os atos alusivos à aceitação de nomeação nas novas categorias
de 90 chefes coordenadores e 90 agentes coordenadores” em resultado da
entrada em vigor do atual estatuto da PSP.O
MAI refere igualmente que foi reconhecido aos militares da GNR o
direito a mais três dias de férias por ano e, ao fim de quase 18 anos,
foram atualizados aos inspetores do SEF os valores dos suplementos de
piquete e prevenção.
O Ministério da Administração Interna destaca ainda a Lei de
Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de
Segurança, que vai permitir até 2021 a entrega de 2.270 viaturas,
investimentos em armamento, equipamentos de proteção individual, de
apoio à atividade operacional e para funções especializadas, bem como em
instalações policiais.