MAI quer mais cooperação com Defesa no âmbito da gestão europeia de fronteiras
24 de out. de 2022, 18:18
— Lusa/AO Online
“Esta alteração da
estrutura leva a que no diálogo que temos vindo a fazer com o
Ministério da Defesa Nacional e com o acompanhamento e coordenação do
secretário-geral do Sistema de Segurança Interna tenhamos que começar a
planear um conjunto de iniciativas, fazê-lo já o fazemos hoje, mas deve
ser feito de uma forma mais integrada e ainda mais sistemática tendo em
vista acompanharmos, enquanto país, este esforço que está a ser feito no
quadro da União Europeia”, disse a jornalistas José Luís Carneiro, no
final da cerimónia militar comemorativa do aniversário da Unidade de
Controlo Costeiro da GNR.Segundo o
ministro, esta alteração está relacionada, por um lado, com o
fortalecimento da arquitetura europeia de gestão integrada de fronteiras
e segurança e, por outro lado, com a integração e acolhimento através
da Agência Europeia para as Migrações e Asilo.“Temos
trabalhado com um diálogo muito construtivo e os níveis de cooperação
hoje entre a Administração Interna e Ministério da Defesa Nacional é uma
cooperação ainda mais estruturada que tem em vista dar resposta a esta
participação nacional na construção de uma capacidade europeia na gestão
integrada de fronteiras e também para o bom acolhimento e para o
respeito de direitos humanos”, disse.José
Luís Carneiro foi questionado sobre o avião pedido pela GNR à Frontex
para patrulhar a fronteira marítima dos Açores, tendo o Diário de
Noticias dado conta, na semana passada, que a situação terá provocado
mal-estar na Marinha e na Força Aérea, que têm meios de vigilância para
lá das 12 milhas, mas não receberam qualquer pedido de apoio da GNR.Na
altura, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, negou que a
GNR tenha ido além da suas competências ao pedir à Frontex para
patrulhar o mar dos Açores.O ministro da Administração Interna considerou hoje esta questão “um não-assunto”.“Num
dos últimos exercícios, a Frontex disponibilizou-se para mobilizar
meios tendo em vista garantir uma supervisão da fronteira marítima,
nomeadamente nos Açores, disponibilidade essa que Portugal, como não
podia deixar de ser, aceitou”, disse José Luís Carneiro.