Madjer diz que continuará ligado ao futebol de praia após fim da carreira
Futebol de Praia
3 de dez. de 2019, 18:33
— Lusa/AO Online
Na chegada
da comitiva lusa ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Madjer
revelou sentir “um misto de emoções”, com a conquista de mais um troféu e
o anúncio do fim da carreira, mas garantiu que o futuro da seleção
portuguesa está “asseguradíssimo”.“O
futebol de praia faz parte da minha vida e fará sempre. Vou manter-me
ligado à modalidade e acompanhar os sucessos da parte de fora. Temos
muitos jogadores que não estiveram neste Campeonato do Mundo, mas que
serão chamados. Há muita qualidade em Portugal”, afirmou.Aos
42 anos, Madjer juntou este título aos já conquistados por Portugal em
2001 e 2015, nos quais também participou, e considerou a união do grupo
como a principal força da equipa, sobretudo na resposta à derrota com o
Brasil (9-7), ainda na fase de grupos.“Veio-nos
à cabeça 2015, em que perdemos com o Senegal e acabámos por ser
campeões do mundo. Tivemos uma conversa sobre o que tinha sucedido e
serviu para nos unirmos em busca do objetivo. A nossa união traz-nos a
estes títulos”, contou.Jordan Santos,
considerado o melhor jogador de futebol de praia da atualidade e o
segundo melhor no Mundial, disputado em Assunção, Paraguai, confessou
que todos os jogos “foram difíceis” e perspetivou que Portugal será
agora “o alvo a abater”.“Fomos preparando
jogo a jogo, tivemos um jogo com o Brasil que perdemos, mas não perdemos
o foco. Conseguimos este objetivo, que era o principal do ano, e
estamos todos de parabéns”, disse Jordan Santos, acrescentando: “Vamos
ser o alvo a abater, temos de nos preparar para isso, mas acho que vamos
estar à altura”.O selecionador português,
Mário Narciso, confessou “ser difícil fazer melhor” que em 2019, ano em
que Portugal conquistou, além do Mundial, os II Jogos Europeus, em
Minsk, e o Campeonato da Europa, na Figueira da Foz, revelando que soube
desde cedo no jogo da final que Portugal ia vencer a Itália, o que
acabou por se verificar, por 6-4.“Quando
começou o jogo com a Itália, senti que íamos ganhar. A grande arma para
ganhar este Mundial foi a forma como defendemos. Até começámos a perder,
mas pela forma como estávamos a jogar, a defender assim, no final do
primeiro período já pensava que íamos ganhar”, expressou.Com
a promessa de cortar o bigode, que irá cumprir antes da visita ao
Palácio de Belém, onde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa, recebe a comitiva, às 13:45, Mário Narciso revelou que “a
qualidade dos jogadores” foi o segredo para superar os obstáculos que
levaram à conquista do terceiro cetro mundial.“O
segredo, na minha opinião, é a qualidade dos jogadores. Conseguimos
reunir um naipe de bons jogadores e isso faz as equipas ganharem. Chegar
à final é mais difícil do que cortar o bigode. Na fase de apuramento,
no jogo decisivo, passámos nos penáltis com a Espanha. Foi uma árdua
tarefa chegar até aqui”, sublinhou.