Madeira substitui quarentena obrigatória por realização de teste à chegada a partir de julho
Covid-19
19 de mai. de 2020, 12:50
— Lusa/AO Online
"Para
o mês de julho, assume-se como condição necessária à entrada na Região
Autónoma da Madeira a apresentação de um teste PCR negativo, realizado
nas últimas 72 horas, prévias ao desembarque, ou, em alternativa, a
realização de um teste PCR à chegada", disse o presidente do executivo,
Miguel Albuquerque, em declarações à agência Lusa. O custo do teste será assumido pelo passageiro. O
governante revelou também que a partir do mês de junho estão
dispensados de "qualquer isolamento profilático" todos os passageiros
que apresentarem à chegada um teste PCR nos mesmos moldes, ficando, no
entanto, sujeitos a monitorização pelas autoridades de saúde através de
uma aplicação de telemóvel ou por contactos regulares. "O
passageiro que tem o seu teste negativo, desembarca e depois
disponibiliza o acompanhamento voluntário, através do seu telemóvel, à
unidade de saúde, ou é acompanhado através dos métodos tradicionais",
explicou Miguel Albuquerque.Por outro
lado, todos os passageiros que se apresentarem nos aeroportos da Madeira
sem teste PCR durante o mês de junho continuam obrigados a cumprir
quarentena em unidades hoteleiras. Estas
medidas fazem parte do plano de ação para a normalização das ligações
aéreas para o arquipélago da Madeira, que será apresentado na próxima
quinta-feira pelo executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, no âmbito
do processo de desconfinamento face à pandemia de Covid-19.Atualmente,
a operação aeroportuária na região autónoma está limitada a dois voos
semanais e ao desembarque de 100 passageiros no máximo. O
plano determina que até ao final do mês de maio se mantenham as
condições estabelecidas, com quarentena obrigatória em hotéis ou
isolamento profilático na residência do passageiro, no caso deste
apresentar um teste negativo realizados nas últimas 72 horas. Para
o mês de junho, o executivo prevê o início da retoma do setor
turístico, com a reabertura de alguns hotéis, pelo que dispensa
"qualquer isolamento profilático", mediante apresentação de um teste
negativo e acompanhamento posterior pelas autoridades de saúde. Em
julho, a quarentena será abolida para todos os passageiros, mas entra
em vigor a obrigatoriedade de apresentar um teste à Covid-19 negativo ou
de realizá-lo à chegada, permanecendo também ativo o acompanhamento
pelas autoridades de saúde via aplicação de telemóvel ou contacto
regular."O resultado [do teste realizado à
chegada] determinará a situação do passageiro", disse Miguel
Albuquerque. E esclareceu: "Se o teste for negativo, poderá seguir o seu
caminho. Sendo positivo, sujeitar-se-á ao respetivo tratamento."O
presidente do Governo Regional explicou que o plano foi articulado com
os hoteleiros e agentes de turismo da região e assenta em dois
pressupostos: que a situação epidemiológica na região continuará
controlada e residual e que não haverá alterações na evolução da
pandemia no arquipélago, onde há registo de 90 casos positivos, número
que se mantém inalterado há 12 dias consecutivos e já com 59 doentes
curados. "A ideia é fazermos uma
reabertura gradual, até para termos mecanismos de controlo e
monitorização da situação, para não termos nenhuma regressão", afirmou
Miguel Albuquerque.