Madeira faz acordo com 16 agências de viagens e garante bilhetes a 65 euros para estudantes
24 de out. de 2018, 13:25
— Lusa/AO Online
"Não
estamos aqui a gastar milhões e milhões. Encontrámos uma solução que,
no quadro da boa gestão da região, vai ao encontro da satisfação dos
interesses das famílias", afirmou o presidente do executivo, Miguel
Albuquerque, durante a assinatura dos contratos, no Funchal.O
governante vincou, por outro lado, que esta é a resposta da região
autónoma a um "problema" que tem sido "prorrogado sucessivamente" pelo
governo central e pelo Estado.A
medida entra em vigor no dia 01 novembro e cobre apenas quatro viagens
(ida e volta), sendo de esperar grande procura no Natal/Fim de ano e na
Páscoa, épocas em que os estudantes universitários mais viajam entre a
Madeira, o continente e os Açores. "Esta
solução vem ao encontro daquilo que são os objetivos do Governo
Regional, que é evitar e iniquidade de uma família com um rendimento
médio estar a adiantar centenas de euros", sublinhou Miguel Albuquerque.
Atualmente, o
subsídio de mobilidade garante viagens aéreas entre a Madeira e o
continente a 65 euros para estudantes e 86 euros para residentes,
contudo as companhias praticam preços muito superiores, por vezes mais
de 500 euros, valor que é obrigatoriamente pago pelo passageiro, sendo
reembolsado após a viagem.A
solução agora estabelecida pelo executivo permite aos estudantes pagar
nas agências de viagem aderentes os 65 euros no ato da reserva, sendo
que o Governo Regional assumirá o pagamento do restante até um teto de
400 euros por bilhete. Se o preço da passagem for superior a este valor,
o estudante terá de assumir o remanescente."Isto
é a demonstração que há sempre soluções para os problemas. Temos é de
fazer um esforço e todas as diligências políticas", afirmou Miguel
Albuquerque, realçando que só não é encontrada uma solução ao nível
nacional porque "não há vontade política" do governo para rever o modelo
do subsídio de mobilidade. Albuquerque
disse, ainda, que a medida encontrada para os estudantes pode ser "um
bom princípio" para avançar com uma solução semelhante, no quadro
nacional, para todos os residentes na Madeira e no Porto Santo."Esta
solução contempla o grande objetivo que é não dar pretexto ao governo
central para limitar o subsídio de mobilidade", afirmou, reforçando que o
princípio da mobilidade não tem preço, nem pode ser limitado, e deve
ser assegurado pelo Estado. As autoridades regionais estimam que cerca de 6.000 madeirenses estudam atualmente nas universidades do continente e Açores.