Madeira está mais bem preparada para enfrentar situações de catástrofe
19 de fev. de 2020, 11:22
— Lusa/AO Online
"Relativamente
ao 20 de fevereiro, foi um trabalho extraordinário, transversal à nossa
sociedade, em que nós conseguimos recuperar a cidade [do Funchal] em 12
dias", disse à agência Lusa Miguel Albuquerque.O
temporal ocorrido há 10 anos na Madeira provocou 47 mortos e quatro
desaparecidos e prejuízos avaliados em mais de 1.000 milhões de euros, o
que motivou a criação da Lei de Meios, um mecanismo financeiro
destinado a custear a obras de recuperação da ilha. "Neste
momento, estamos mais bem preparados, estamos com maior capacidade de
intervenção. Temos melhor prevenção e temos um conjunto de equipamentos e
de meios que no passado não tínhamos", realçou o chefe do executivo, de
coligação PSD/CDS-PP. Em fevereiro de
2010, o social-democrata Miguel Albuquerque desempenhava o cargo de
presidente da Câmara Municipal do Funchal, um dos concelhos mais
afetados pelas enxurradas, juntamente com o da Ribeira Brava, na zona
oeste da ilha. Dez anos depois, agora na
qualidade de presidente do Governo Regional, Albuquerque sublinha os
investimentos ao nível da prevenção e segurança das populações,
nomeadamente a instalação do radar meteorológico no Porto Santo, em 2019
(que assegura previsões mais precisas), a canalização das ribeiras e a
reflorestação das áreas afetadas pelos sete grandes incêndios ocorridos
na última década. "Estamos, neste momento,
sempre a trabalhar no sentido de assegurar que qualquer situação -
normalmente recorrente - de aluvião tenha o mínimo impacto possível,
atendendo aos meios de que dispomos", referiu. O
executivo madeirense investiu, no anterior mandato (2015-2019), cerca
de 20 milhões de euros no Serviço Regional de Proteção Civil, o que
permite a Miguel Albuquerque afirmar que a região está "mais resistente"
face a eventuais calamidades naturais."Estamos
mais bem preparados, temos melhores meios, temos mais prevenção, temos
mais eficácia, temos melhores infraestruturas", reforçou.