Madeira distingue 88 entidades pela participação e apoio no combate ao incêndio
29 de ago. de 2024, 15:19
— Lusa
O
executivo liderado por Miguel Albuquerque destaca, numa nota, “a
prontidão, o voluntarismo, a competência e o altruísmo de todas as
entidades privadas e públicas que através dos seus profissionais
participaram na operação de combate ao incêndio”, sublinhando que “a sua
abnegação deixou uma marca que permanecerá indelével na memória grata
de todos os madeirenses”. A decisão foi tomada na reunião semanal do Conselho do Governo Regional da Madeira, que decorreu hoje no Funchal. Entre
as 88 entidades distinguidas contam-se vários organismos do Governo da
República e do Governo Regional da Madeira e também o Governo Regional
dos Açores, bem como da Zona Militar da Madeira, as forças de segurança,
a Força Aérea Portuguesa e a Força Aérea Espanhola, que disponibilizou
dois aviões Canadair, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. O
executivo distingue o trabalho da Cruz Vermelha Portuguesa e das 10
corporações de bombeiros da ilha da Madeira e também o desempenho das
associações e casas do povo dos concelhos da Ribeira Brava, Câmara de
Lobos, Ponta do Sol, Santana e São Vicente, e das respetivas câmaras
municipais.A equipa helitransportada e os
pilotos do helicóptero H-35, o único meio aéreo que opera na Madeira,
também foram distinguidos pelo Governo Regional, bem como os pilotos e o
‘staff’ de apoio dos aviões Canadair, que participaram no combate entre
22 e 24 de agosto. O Governo da Madeira
destaca também a colaboração de 33 empresas privadas de vários setores,
como hotelaria, restauração, comércio de produtores alimentares e
construção civil, além do Aeroporto Internacional da Madeira e do
Aeroporto do Porto Santo.O incêndio rural
na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da
Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de
Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a
Proteção Civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”.Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.Durante
os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de
200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e
disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos
moradores foram regressando a casa.O
combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas
elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou
da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora
algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de
áreas florestais.A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas Miguel Albuquerque disse tratar-se de fogo posto.