17 de mar. de 2020, 11:05
— Susete Rodrigues/Lusa/AO Online
O Governo
Regional da Madeira anunciou o primeiro caso de Covid-19 na região,
indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de
férias na ilha.
"O caso positivo foi detetado numa cidadã
holandesa que entrou no território no dia 12 de março", disse o
presidente do executivo, Miguel Albuquerque.A
cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira
(Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19."Determinámos
o fim de todas as atividades de animação e recreação turísticas na
região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões,
passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem", afirmou Miguel
Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal. O
governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a
"necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus
concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade
possível".Miguel Albuquerque vincou também
o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros
comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a
concentração de pessoas e o contacto físico entre elas. O
primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi
registado na segunda-feira (16 de março) às 22h14 (menos uma nos Açores), sendo que os
serviços de saúde e proteção civil tomaram "todas as medidas necessárias
de isolamento e prevenção" da unidade hoteleira" onde se encontrava a
cidadã holandesa. Trata-se do Enotel
Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua
Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos."Segundo
o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a
turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas
autoridades regionais de saúde", esclareceu Miguel Albuquerque, vincando
que o governo irá "continuar a tomar as medidas necessárias" no sentido
de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar "a vida e a saúde” das
famílias. O chefe do executivo apelou aos
cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efetuando apenas
saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a
idosos e deslocações de e para o trabalho. "Face
a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida
ao nível indispensável para o funcionamento das instituições,
restringindo ainda mais os seus planos de contingência", afirmou.Miguel
Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região,
sobretudo os que regressaram do continente, para o "cumprimento
escrupuloso" da mesma, uma vez que está em causa "a vida e a saúde de
outros concidadãos, incluindo os seus familiares".