Macron exclui hipótese de governar com partido da esquerda radical LFI
3 de jul. de 2024, 12:38
— Lusa/AO Online
"Retirar-se
hoje para os eleitos de esquerda face à União Nacional [RN] não
significa governar amanhã com a LFI", afirmou o chefe de Estado francês
no Conselho de Ministros, segundo vários participantes citados pela
agência France-Presse. Numa mensagem
publicada na rede social X, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal,
insistiu que "não há nem nunca haverá uma aliança com a França
Insubmissa"."Retirar-se não é reunir-se,
não é comprometer-se", acrescentou a porta-voz do governo, Prisca
Thevenot, após o Conselho de Ministros."Lutar
contra a União Nacional hoje não é o mesmo que aliar-se ao LFI amanhã",
insistiu, referindo de passagem que poderia haver fraturas com as
outras forças da Nova Frente Popular (comunistas, socialistas e
ecologistas) na sequência das eleições."Consideramos
que esta aliança eleitoral já se está a desmoronar no seio da esquerda?
Penso que sim", afirmou. "Não podemos fazer do LFI o alfa e o ómega da
esquerda em França", acrescentou.A França realiza domingo, 07 de julho, a segunda volta das eleições legislativas.Na
primeira volta, a União Nacional (Rassemblement Nationale, no original
francês) foi o partido mais votado, com 33% dos votos, à frente da
coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP, 28,5%) e dos centristas
Juntos pela República, que integra o partido do Presidente Emmanuel
Macron (22%).