Macau apoia Hong Kong com 3,33 ME após incêndio que fez pelo menos 128 mortos
Hoje 11:49
— Lusa/AO Online
Num
comunicado, o Executivo de Macau explicou que a doação, "para apoiar o
Governo [de Hong Kong] a responder e acompanhar o trabalho de
recuperação do incêndio grave", será feita através da Fundação Macau.A
fundação, criada originalmente em 1984, ainda durante a administração
portuguesa, recebe 1,6% das receitas do jogo nos casinos da cidade, para
fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.O
Governo de Macau lamentou que o incêndio tenha causado "feridos graves,
mortos e destruição de edifícios" no complexo de habitação social Wang
Fuk Court, em Tai Po, nos Novos Territórios, no norte de Hong Kong.As
autoridades de Macau sublinharam a "profunda amizade e relações
humanísticas, económicas e comerciais de longa data" que unem as duas
regiões administrativas especial chinesas.Citado
no comunicado, o chefe do Executivo de Macau, Sam Hou Fai, voltou a
demonstrar "profundo pesar e as sentidas condolências aos familiares das
vítimas do incêndio".O líder do Governo
apelou "aos diversos sectores da sociedade local para tomarem
iniciativas e apoiar [Hong Kong] através de vários meios, demonstrando a
profunda amizade e proximidade das duas regiões".O
executivo de Hong Kong criou um fundo com 300 milhões de dólares de
Hong Kong (33,3 milhões de euros), que começou na quinta-feira a aceitar
donativos para apoiar as vítimas do incêndio mais mortífero na cidade
desde 1948.Pelo menos 128 pessoas morreram
em consequência do incêndio que deflagou na quarta-feira à tarde, de
acordo com o balanço atualizado hoje pelas autoridades locais, que deram
conta da existência de 79 feridos. O
chefe de segurança da região administrativa especial chinesa, Chris
Tang, precisou que 89 corpos resgatados não foram ainda identificados, e
que 200 pessoas continuam desaparecidas. Neste número, estão incluídas
as pessoas não identificadas.Os bombeiros
de Hong Kong concluíram hoje as operações de combate ao incêndio, num
complexo residencial construído nos anos 80, composto por oito torres
com perto de 30 andares e um total de 1.984 apartamentos, onde viviam
cerca de quatro mil pessoas.Também hoje, o
Instituto dos Assuntos Municipais (IAM) de Macau pediu cuidado aos
residentes durante caminhadas e passeios ao ar livre, uma vez que, "com a
diminuição da chuva e o tempo seco, o risco de incêndios florestais
aumenta".Num outro comunicado, o IAM disse
que realizou hoje um simulacro no novo Mercado Abastecedor, para
"melhorar a sensibilização para a segurança contra incêndios" dos
comerciantes.