Luxemburgo aceita discutir União Mediterrânica mas quer consenso
6 de nov. de 2007, 16:06
— Lusa / AO online
"Ainda não discutimos em pormenor essa iniciativa (mas) tudo o que seja complementar ao Processo de Barcelona (euromed) deve ser discutido", disse Jean Asselborn à imprensa à entrada para a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros Euromediterrânicos.
"Há no entanto um problema que se prende com o financiamento (de uma União Mediterrânica) porque (…) é necessário um consenso dos países envolvidos", acrescentou.
A União Mediterrânica foi sugerida pelo actual presidente francês em Maio passado e, apesar de não serem conhecidos pormenores, deveria constituir-se como um fórum alternativo ao Processo de Barcelona (euro-mediterrânico) e juntar, à margem de Bruxelas, apenas os países ribeirinhos do Mediterrâneo e Portugal.
A posição expressa por Asselborn segue-se à assumida segunda-feira pelo presidente do conselho de ministros da União Europeia e chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, que se disse "a favor de um debate" sobre "uma nova ideia"
"Acredito que é uma nova ideia. Vamos portanto discuti-la e ver se podemos ir para a frente com ela", disse Amado à imprensa antes do jantar de trabalho com os seus homólogos da UE e de dez países do Mediterrâneo, considerando que se trata de "um processo que vai continuar no próximo ano".
Inicialmente previa-se que o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, apresentasse à Conferência Euro-Mediterrânica os pormenores da proposta sobre a criação de uma União do Mediterrâneo formulada em Maio pelo presidente Nicolas Sarkozy.
No entanto, porque o jantar de trabalho foi dedicado ao processo de paz no Médio Oriente e Kouchner seguiu hoje para Washington para acompanhar a visita oficial de Sarkozy aos EUA, os pormenores da proposta deverão ser hoje explicados pelo embaixador Alan Le Roi, encarregado por Sarkozy da União Mediterrânica.