Luís Filipe Vieira e Soares de Oliveira arguidos por fraude fiscal qualificada
15 de jul. de 2020, 09:23
— Lusa/AO Online
Segundo a nota enviada à Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM), Vieira e Soares de Oliveira foram
constituídos arguidos enquanto representantes legais da Benfica SAD e da
Benfica Estádio, num processo integrado na operação ‘saco azul', em que
as sociedades obtiveram, "nos anos 2016 e 2017, uma vantagem
patrimonial indevida".A esta ação "está
associada uma possível contingência fiscal calculada pela Autoridade
Tributária no valor total aproximado" de 600 mil euros.Contactada
pela Lusa, fonte oficial dos ‘encarnados' confirmou ao início da tarde
que a SAD do Benfica era um dos dois arguidos coletivos cuja
constituição foi revelada hoje pela Procuradoria-Geral da República
(PGR).A mesma fonte disse que os advogados
dos ‘encarnados' apresentaram um requerimento, a fim de saberem se o
processo está em segredo de justiça, ressalvando que em causa estava um
processo de crime fiscal, que nada tem a ver com questões desportivas ou
‘sacos azuis'.Antes, a CMVM suspendeu a negociação de ações da Benfica SAD, por aguardar divulgação de informação relevante ao mercado.O
inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de
Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de
integrarem crime de fraude fiscal, segundo a PGR.