Lucro do grupo têxtil espanhol Inditex sobe 10% para 1.549 ME de fevereiro a julho
11 de set. de 2019, 12:07
— Lusa/AO online
Segundo
as contas apresentadas pelo grupo, que prevê “um forte crescimento
orgânico” em 2019, as vendas aumentaram 6,6% de fevereiro a julho, para
12.820 milhões de euros.De acordo com a
agência Efe, estes resultados do primeiro semestre da Inditex ficaram
ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas, levando os títulos do
grupo a uma desvalorização de cerca de 2,5% pelas 10:30, nos 27,89
euros, após terem chegado a cair 4,2% na abertura do mercado.De
fevereiro a julho, as vendas comparáveis (descontados os encerramentos e
aberturas de lojas) da Inditex aumentaram 5% e evoluíram positivamente
em todas as insígnias e zonas geográficas onde o grupo opera, quer nas
lojas físicas, quer ‘online’, segundo destacou o presidente na
apresentação dos resultados aos analistas.De acordo com Pablo Isla, a companhia está satisfeita com os “níveis de crescimento” registados.Para
o conjunto do exercício de 2019, o maior grupo de distribuição têxtil
do mundo prevê um crescimento de 4 a 6% nas vendas comparáveis, que
representaram 89% da faturação total, mais quatro pontos percentuais do
que no primeiro semestre do exercício passado.“Esperamos
um forte crescimento orgânico baseado no nosso modelo diferenciado”,
sustentou Isla, assegurando que a integração total entre as lojas
físicas e o negócio ‘online’ faz da Inditex um caso único,
diferenciando-o dos concorrentes.No
primeiro semestre, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros,
amortizações e depreciações) disparou 47,1%, para 3.447 milhões de
euros, devido a alterações na normativa relativa à contabilidade dos
arrendamentos. Descontado este efeito, o aumento foi de 8%.A
margem bruta, indicador muito valorizado pelos analistas, foi de 7.284
milhões de euros, mais 7% do que no ano anterior, situando-se nos 56,8%,
mais 12 pontos base do que no primeiro semestre de 2018, mas abaixo dos
59,5% do primeiro trimestre.O grupo
adiantou que no terceiro trimestre, no período de 01 de agosto a 08 de
setembro, as vendas, a valores constantes, aumentaram 8%.Por
zonas geográficas, Espanha representou no primeiro semestre 15,6% das
vendas totais da Inditex, face aos 16,1% do ano anterior, enquanto o
peso da Ásia baixou de 24,5 para 24% e o da Europa subiu de 44,2 para
44,4%.Por insígnias, as vendas da Zara e
da Zara Home cresceram 7,3% (8.895 milhões de euros); as de
Pull&Bear aumentaram 2,6% (873 milhões); as da Massimo Dutti
progrediram 4% (844 milhões); as da Bershka 3,3% (1.080 milhões); as da
Stradivarius 12,4% (776 milhões); as da Oysho 3,8% (301 milhões) e as da
Uterqüe 13% (52 milhões). O grupo
Inditex, que está a apostar em lojas cada vez maiores e em localizações
privilegiadas, encerrando os pontos de venda de menor dimensão ou
redundantes, efetuou no período aberturas em 31 mercados e terminou
julho com 7.420 lojas em 96 países, menos duas lojas do que no ano
anterior.Na apresentação aos analistas, o
diretor de Relações com os Investidores, Marcos López, desvalorizou a
importância da queda do número de lojas e sublinhou que, para o grupo, a
“chave” está no crescimento da superfície comercial (medida em metros
quadrados) e, sobretudo, na sua qualidade, tanto em termos de
localização, quer de imagem e serviços.