Livre diz que é necessário mais investimento nas cooperativas
Açores/Eleições
19 de out. de 2020, 12:23
— Lusa/AO Online
“Precisamos
de investimento externo nessas empresas e precisamos do apoio do
Governo [Regional]”, referiu o cabeça de lista pelos círculos eleitorais
de São Miguel e compensação às eleições de 25 de outubro, em
declarações à agência Lusa, ao nono dia de campanha. De acordo com o dirigente, o Livre pretende mudar o paradigma económico nos Açores. “Nós
entendemos que a ênfase da economia deve ser no setor cooperativo, no
setor da economia solidária. […] Esse setor deve ser claramente
privilegiado e, portanto, as nossas ações de rua – de campanha – são
basicamente visitas a cooperativas”, salientou. O
também professor universitário na área da biologia e ecologia explicou
ainda a importância das cooperativas agrícolas no arquipélago,
ressalvando que o Governo Regional deve apoiar o setor. “As
cooperativas e a economia solidária, em particular, lidam no mercado
com empresas que não têm as preocupações sociais e ambientais, e as
cooperativas e a economia solidária têm. É uma luta desigual”, recordou,
adiantando que o Governo Regional deve procurar introduzir o setor
cooperativo no mercado. A iniciar a
segunda semana de campanha, o Livre prepara-se para debater os sistemas
monetários, com uma série de ‘webinars’ (seminários através da
Internet). “A ideia de termos apostado no
‘online’ tem a ver claramente com esta situação da covid-19, mas tem
também a ver com o facto de ser um método de contribuir para o
esclarecimento do eleitores mais profundamente sobre as nossas
propostas”, indicou, acrescentando que hoje serão discutidos os sistemas
monetário complementares com Felipe Alves, investigador do CE3C, da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.O
Livre concorre a três círculos nas legislativas regionais – além de
José Azevedo, apresenta o programador informático Nuno Rolo na ilha
Terceira.As legislativas dos Açores
contemplam 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia
Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal,
Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.No
arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada
uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não
aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, caom 19 mandatos, e 7,1%
do CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.