Livre defende rentabilização de casas fechadas

Eleições/Madeira

17 de set. de 2023, 19:35 — Lusa /AO Online

“A habitação é obviamente uma preocupação nossa e acredito que de todos os partidos que sejam eleitos no dia 24. Temos de começar a resolver os problemas e as carências da população, quer a nível de habitação, quer também a nível do próprio rendimento o quanto antes”, afirmou Tiago Camacho.O candidato defendeu, por isso, a necessidade de “simplificar os programas” do setor e de “rentabilizar casas e sítios fechados” numa iniciativa de campanha eleitoral, em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, que contou com a presença do porta-voz do partido Rui Tavares.“Para que consigamos ter casas não em 2026 ou em 2027 como se perspetiva nas obras que estão a ser feitas, mas já no próximo ano conseguirmos responder, com o próximo orçamento também, aos problemas da sociedade madeirense e porto-santense”, sustentou.O operador de armazém, de 33 anos, que anda nas lides políticas desde 2017, reafirmou que tem sentido “uma boa aceitação por parte das pessoas” e que está confiante num “bom resultado”.“Obviamente que ainda falta uma semana para as eleições, [mas] vamos empenhar-nos a 300% para realmente no dia 24 conseguirmos ter representação parlamentar e para que os madeirenses e porto-santenses tenham uma voz livre na Assembleia Regional na próxima legislatura”, garantiu.Rui Tavares considerou “perfeitamente possível” a eleição de um deputado nas legislativas do arquipélago, argumentando que o partido tem representação na Assembleia da República e as pessoas reconhecem o trabalho feito.O porta-voz destacou os “resultados honrosos” obtidos em eleições nacionais e europeias quando o partido ainda não tinha assento no parlamento nacional, com “centenas ou até milhares” de votos de madeirenses, para defender que o Livre está agora num “estatuto diferente”.O partido estreia-se este ano em legislativas regionais na Madeira, destacando a falta de habitação e os baixos salários como os principais problemas a combater.O arquipélago mantém-se – a par do Algarve e das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto – entre as zonas com os mais elevados preços de casas no país, com um valor mediano da habitação de 1.571 euros/metro quadrado no ano passado (acima do preço mediano de 1.484 euros/metro quadrado no país), segundo o Instituto Nacional de Estatística.Concorrem às legislativas madeirenses 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.