"Lista de espera de dois mil exames complementares no hospital de Ponta Delgada"
9 de nov. de 2022, 18:07
— Lusa/AO Online
Tiago
Lopes, ex-diretor regional de Saúde, considerou que há elementos que
“contradizem aquilo que foi transmitido pela tutela" no que diz respeito
à atividade presencial, tendo o secretário regional da Saúde e do
Desporto, na audição relativa ao Plano e Orçamento de 2023, afirmado
“perentoriamente que a retoma já estava concluída", quando "há uma lista
de espera de dois mil exames complementares de diagnóstico no Hospital
do Espírito Santo”.O grupo parlamentar do
PS/Açores na Assembleia Legislativa Regional reuniu-se, em Ponta
Delgada, com a responsável pela Ordem dos Médicos na região, Margarida
Moura.O deputado socialista referiu,
relativamente às contratações de profissionais de saúde, que dos que
foram recentemente contratados, "apenas três são do exterior da região,
sendo que a maior parte são especialistas a terminar a sua especialidade
e eram médicos internos nas unidades de saúde da região”.“É
um trabalho que agora se conclui, vindo de anos anteriores. Quando se
diz que se contratam muitos médicos, tendo saído 14 ou 15 já na vigência
deste conselho de administração [do Hospital do Espírito Santo], é
efetivamente uma preocupação nossa este saldo negativo que depois se
traduz na prática e tem um forte impacto na atividade assistencial”,
declarou o deputado do maior partido da oposição, que foi diretor
regional da Saúde nos governos socialistas de Vasco Cordeiro.Tiago
Lopes considerou as recentes declarações do secretário regional da
Saúde, Clélio Meneses, uma “atitude de desresponsabilização” sobre o que
se passa com a medicina nuclear no Hospital Santo Espírito, da ilha
Terceira, onde o aparelho fornecido por uma entidade privada está
avariado. O deputado declarou que saiu
“manifestamente mais preocupado” do que entrou para a reunião com a
Ordem dos Médicos, tendo em conta o que foi reportado sobre o “clima e o
ambiente existente no Hospital do Espirito Santo”, tendo apontado as
“demissões consecutivas” naquela unidade, além de “baixas médicas dos
profissionais, alguns deles diretores de serviço, para poderem ter algum
descanso da pressão que tem vindo a ser exercida”.