Linhagem BA.2 da variante Ómicron detetada em 57 países
Covid-19
2 de fev. de 2022, 12:40
— Lusa/AO Online
A
Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se a
variante dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez no
sul de África há dez semanas.No seu
boletim epidemiológico semanal, a OMS explicou que esta variante
representa mais de 93% de todas as amostras de Covid-19 recolhidas em
janeiro e tem como subvariantes a BA.1, BA.1.1 , BA.2 e BA.3.BA.1
e BA.1.1 - as primeiras versões identificadas - ainda constituem mais
de 96% dos casos da variante Ómicron registados no banco de dados global
GISAID.Mas existe um aumento acentuado no
número de casos envolvendo a linhagem BA.2, que tem várias mutações
diferentes da versão original, em particular na ligação da proteína
`spike´ às células humanas.“As sequências
designadas BA.2 foram submetidas ao GISAID por 57 países até à data”,
salientou a OMS, acrescentando que em alguns países esta subvariante
representa agora mais de metade das amostras Ómicron recolhidas.A
OMS acrescentou que ainda se sabe pouco sobre as diferenças entre as
subvariantes e pediu que sejam realizados estudos sobre as
características do vírus, incluindo a sua transmissibilidade, capacidade
de escapar de proteções imunológicas e virulência.Vários estudos recentes sugerem que a BA.2 é mais contagiosa do que a Ómicron original.A
variante Ómicron causa geralmente doenças menos graves do que as
variantes anteriores da Covid-19 e a especialista da OMS, Maria Van
Kerkhove, revelou na terça-feira que até agora ainda não há evidências
que a linhagem BA.2 seja mais grave.Detetada
pela primeira vez em Portugal no final de dezembro, a linhagem BA.2 da
variante Ómicron tem aumentado de frequência, mas os últimos dados
indiciam uma circulação comunitária reduzida, anunciou na terça-feira o
INSA.