Liga dos Bombeiros considera "desajustada" distribuição de veículos
Incêndios
24 de fev. de 2022, 13:08
— Lusa/AO Online
“A LBP considera que a
distribuição dos veículos por distrito é desajustada face ao equilíbrio
operacional desejável, tendo em vista o esforço nacional dado que se
verificam claramente significativos desequilíbrios entre os vários
corpos de bombeiros do território continental”, refere a Liga, num
comunicado divulgado após o anúncio do Governo da distribuição de 81
veículos de combate aos fogos.Na
quarta-feira, o Ministério da Administração Interna informou que foi
divulgado junto das corporações de bombeiros a lista de distribuição de
81 veículos florestais que vão permitir "um reforço da capacidade de
resposta operacional no combate aos fogos rurais".Segundo
o MAI, foi incluído no Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do
Programa MAIS Floresta, uma verba de 12,6 milhões de euros destinada à
aquisição de veículos florestais a operar pelas corporações de
bombeiros.A LBP explica que os critérios
foram apresentados à Liga dos Bombeiros numa reunião na Secretaria de
Estado da Administração Interna, tendo os representantes da LBP
apresentado “algumas sugestões de melhoria que não foram consideradas”.“A
LBP considera que qualquer distribuição de meios pelos corpos de
Bombeiros deve ter por base critérios representativos de diferenciadas
realidades operacionais e, assim, devem ser consensualizados,
previamente, entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
(ANPEC), Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e Associação Nacional dos
Municípios Portugueses (ANMP)”, sustenta esta confederação que
representa as associações humanitárias detentoras dos corpos de
bombeiros voluntários.A LBP sublinha ainda que “não se revê na nota enviada” na quarta-feira pelo MAI à comunicação social.Na
nota, o MAI explicou que os critérios para a seleção dos corpos de
bombeiros, propostos pela ANEPC e previamente apresentados à Associação
Nacional de Municípios e à Liga dos Bombeiros Portugueses, foram
aprovados pela ministra da Administração Interna e validados pela
Estrutura de Missão Recuperar Portugal.“Os
critérios adotados para distribuição destes veículos são objetivos,
mensuráveis e verificáveis, garantindo que os veículos são alocados a
corpos de bombeiros com real capacidade para os operacionalizar e
garantindo a sua distribuição pelos territórios onde, face à área
florestal a seu cargo, se verifique uma carência mais significativa de
veículos florestais”, referiu o MAI.O MAI
indicou ainda que a lista final de distribuição contempla 26 viaturas
para as corporações de bombeiros da região Norte, 25 para o Centro, oito
para Lisboa e Vale do Tejo, 18 para o Alentejo e quatro para o Algarve.