Liga de futebol e DGS vão realizar ações de prevenção com os clubes
Covid-19
27 de fev. de 2020, 18:00
— Lusa/AO Online
De acordo
com uma nota publicada no sítio oficial da internet da LPFP, na reunião
que decorreu durante a manhã de hoje entre as duas instituições
decidiu-se “que as medidas a adotar, com impacto no futebol
profissional, serão avaliadas entre as partes, mediante o escalar da
situação”.“Desde já, ficou decidido que
existirá um contacto direto e permanente entre as duas instituições, com
atualizações constantes sobre a situação em Portugal, e também que
existirá formação junto dos 34 clubes do futebol profissional para
prevenção da chegada do vírus ao nosso país e gestão de eventos de
massas, como são os casos dos jogos de futebol”, lê-se.O
organismo que rege o futebol profissional português, presidido por
Pedro Proença, afirmou que “a monitorização da situação é obrigatória”,
lembrando o caso italiano, em que o surto já levou ao adiamento de
vários jogos e à disputa de outros à porta fechada, “para evitar ainda
mais a propagação do vírus”.“Em cima da
mesa ficou também a possibilidade de a Liga Portugal e a DGS fazerem uma
campanha de sensibilização, juntamente com outras entidades que possam
associar-se, que sirva, essencialmente, de alerta no âmbito da
prevenção”, concluiu o comunicado.O
balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos
e mais de 82 mil pessoas infetadas, de acordo com dados reportados por
48 países e territórios.Das pessoas infetadas, mais de 33 mil recuperaram.Além
de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado,
há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão,
Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.A
Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma
emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma
eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia
do Sul e Irão nos últimos dias.Em
Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 25 casos suspeitos de
infeção, sete dos quais ainda estavam em estudo na quarta-feira à noite.Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos. No
seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na
quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação atual, o
risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a
elevado”.O único caso conhecido de um
português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de
cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki,
situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.