Líderes vão reunir-se para tentarem uma resposta à crise

22 de out. de 2008, 06:14 — Lusa/AO

Mesmo a robusta economia chinesa está a ser afectada pela crise, devendo crescer este ano ligeiramente abaixo dos 10 por cento (9,9 por cento nos primeiros nove meses), contra 11,4 por cento em 2007.     A 7ª edição da ASEM (Encontro Ásia-Europa) será "uma plataforma perfeita" para debater formas de vencer a crise e de "reforçar a cooperação internacional", disse um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.     Sobre o contributo chinês no esforço internacional preconizado pelos líderes da União Europeia e dos Estados Unidos para estabilizar o sistema financeiro, o porta-voz afirmou que a China tomou "uma atitude responsável e construtiva".     Mas - acrescentou - "os interesses e preocupações dos países em vias de desenvolvimento deverão ser plenamente respeitados e salvaguardados".     Criada há 12 anos, a ASEM reúne hoje os 27 membros da União Europeia, os dez da Associação das Nações do Sueste Asiático (Birmânia, Brunei, Cambodja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname) e ainda a China, Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Índia e Mongólia.     Na semana passada, chefes de estado e de governo de 38 países - um número recorde na história da ASEM - já tinham confirmado a sua participação na reunião.     Portugal estará representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, que chegará a Pequim na quinta-feira à noite (hora local), vindo de Macau.     Mais de 1.700 jornalistas e outros profissionais da comunicação social estão acreditados para a cobertura do evento, que decorrerá no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, sob o lema "Acção e Visão: Rumo a uma Solução Mutuamente Vantajosa".     Trata-se, também, da segunda grande reunião internacional organizada pela China depois dos Jogos Olímpicos de Pequim e dos Paralímpicos, que decorreram de 8 de Agosto a 17 de Setembro.     As cimeiras da ASEM - um fórum de diálogo inter-governamental destinado a "forjar uma nova parceria global" entre os dois continentes - realizam-se de dois em dois anos, na Europa ou na Ásia, alternadamente.