Líder do PSD/Açores e seu opositor nas diretas com lista única para o Conselho Regional
25 de out. de 2018, 13:51
— Lusa/AO Online
Segundo
disse à Lusa a mesma fonte, ambos os candidatos estiveram esta semana
em negociações para definir os lugares de ambos naquele órgão, o segundo
mais relevante após o congresso, devendo a constituição do mesmo
respeitar o 'score eleitoral' de cada um deles nas eleições diretas de
setembro.O
XXIII congresso dos sociais-democratas dos Açores vai decorrer em Vila
Franca do Campo, concelho da ilha de São Miguel, e contará no domingo,
na sessão de encerramento, com o líder nacional do partido, Rui Rio.O
Conselho Regional do PSD/Açores, que tem por missão analisar a situação
político-partidária, aprovar o desenvolvimento da estratégia política
do partido definida em congresso regional e designar o candidato a
presidente do Governo, entre outros, é composto por 45 elementos eleitos
em congresso e 15 suplentes, quatro membros da JSD (Juventude
Social-Democrata), três membros dos TSD (Trabalhadores
Social-Democratas) e dois da ASD (Autarcas Social-Democratas).Os
militantes que tenham desempenhado as funções de presidente da Comissão
Política Regional e os que, em representação do partido, ocuparam os
cargos de presidente da Assembleia Legislativa dos Açores ou de
presidente do Governo Regional também integram o órgão.Após
o embate nas diretas do partido, realizadas em setembro, Alexandre
Gaudêncio e Pedro Nascimento Cabral pretendem dar um sinal de unidade
para o interior do partido, que ficou divido na sequência de um processo
de renovação incrementado por Duarte Freitas, o anterior líder, que
conduziu ao afastamento de Mota Amaral, antigo presidente da Assembleia
da República e do Governo dos Açores, entre outros históricos.Um
ano depois de ter sido reeleito para o segundo maior concelho de São
Miguel (Ribeira Grande), Alexandre Gaudêncio venceu a corrida à
liderança do PSD/Açores e propõe-se, já nas eleições legislativas
regionais de 2020, acabar com mais de duas décadas de governação
socialista nos Açores.O
opositor de Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo
Regional, está convicto do desejo de mudança dos açorianos em 2020,
sustentado no desgaste dos "vários anos da governação socialista” - mais
de duas décadas - e no facto de ser “abordado na rua por muita gente
que quer a mudança", na qual "precisa de acreditar”.O
social-democrata pretende renovar os órgãos do partido “indo buscar os
melhores militantes, melhor preparados para estes momentos, havendo
também pessoas que podem continuar ao lado de novos militantes”.O
dirigente admite que a estrutura regional do PSD/Açores sofreu com as
várias derrotas eleitorais do partido liderado por Duarte Freitas e vai
agora “localmente agir”, aproveitando a sua implantação concelhia “muito
forte”.Para o
líder do PSD/Açores, há que dotar as estruturas locais dos instrumentos
para que possam desempenhar as suas funções, fazendo, por exemplo,
cumprir os estatutos do partido quando estabelecem que as concelhias
devem reunir, pelo menos, duas vezes por ano, em plenário, com os seus
militantes.A moção de estratégia de Alexandre Gaudêncio designa-se "Rumo à vitória".