Líder do PSD/Açores diz que há camas na saúde vazias por falta de profissionais
5 de fev. de 2019, 17:59
— Lusa/AO Online
Alexandre
Gaudêncio estima que nos centros de saúde da Ribeira Grande e de Vila
Franca do Campo, onde esta situação foi identificada, sejam necessários
mais 30 enfermeiros em 2019 para fazer face às necessidades dos cuidados
continuados e outros projetos que a Unidade de Saúde da Ilha de São
Miguel pretende implementar.O
presidente dos sociais-democratas açorianos, que se reuniu com o
conselho de administração da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel,
acompanhado de deputados da sua bancada parlamentar, adiantou que foi
ainda confrontado no terreno, no âmbito de uma visita a um lar de
idosos, com uma lista de espera de “mais de 100 pessoas”.“Existe
esta oferta por parte da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, mas
não há pessoal para fazer face às necessidades, o que cria um efeito de
bola de neve, porque há muito doentes no hospital de Ponta Delgada que
tiveram alta clínica, mas que não podem ocupar estas camas dos cuidados
continuados por lacunas de profissionais”, frisou o dirigente do
PSD/Açores.Alexandre
Gaudêncio sinalizou que ainda existem 16 mil pessoas em São Miguel sem
acesso a médico de família, cenário que gostaria de ver ultrapassado por
parte do Governo dos Açores.O
líder do PSD/Açores já anunciou que caso venha a ser eleito presidente
do Governo dos Açores, nas regionais de 2020, vai proceder a uma reforma
do Serviço Regional de Saúde (SRS), "refém dos erros cometidos" pela
governação socialista.O dirigente disse ainda que os açorianos estão a ser confrontados com "enormes dificuldades" no acesso aos cuidados de saúde.O
líder dos sociais-democratas preconiza a proximidade dos serviços de
saúde visando rentabilizar as instalações, "não obrigando os açorianos a
deslocarem-se para outras áreas fora da sua residência".Manifestando-se
contra o "desmantelamento de muitos centros de saúde" para concentrar
nos hospitais os exames de diagnóstico, Alexandre Gaudêncio pretende
dotar aquelas estruturas com equipamentos e meios humanos, tendo em
vista "voltar a dar dignidade às pessoas".