Líder do PSD/Açores afirma estratégia para a década na pobreza, saúde, educação e turismo
25º Congresso PSD/A
14 de jul. de 2022, 12:19
— Lusa/AO Online
“É nossa ambição
combater, no espaço de uma década, o vergonhoso nível de pobreza em que
vive um terço dos nossos concidadãos, para níveis próximos da média
nacional (17,2%)”, diz José Manuel Bolieiro na moção global de
estratégia “Juntos Somos mais Fortes", que leva ao 25.º congresso da
estrutura regional, a realizar entre sexta-feira e domingo em Ponta
Delgada, na ilha de São Miguel. No
primeiro congresso da estrutura regional desde que alcançou a
presidência do Governo Regional (em coligação pós-eleitoral com o CDS-PP
e PPM e acordos de incidência parlamentar com o Chega, deputado
independente e Iniciativa Liberal), Bolieiro destacou que o atual
executivo está empenhado em construir projetos para os próximos dez
anos, “inadiáveis” se a região quiser vencer o atraso registado.Os
dez anos que se avizinham, diz, oferecem também “a oportunidade
inadiável de consolidar” a “base estratégica” dos Açores, “com uma
aposta clara na qualidade do turismo açoriano”.“Assegurar a sustentabilidade do setor do turismo é a nossa missão”, defende.Na Educação, Bolieiro lembra a intenção de “colocar os Açores na senda da agenda 2030 de desenvolvimento sustentável da ONU”.Quanto
à Saúde, destaca o empenho “numa estratégia de década para a eficiência
e eficácia do Serviço Regional”, apostando na “institucionalização da
telemedicina”. “Queremos, de forma
coordenada, proporcionar, sempre que possível, a teleconsulta e assim
evitar a deslocação de doentes”, refere.O
“problema demográfico sério” da região será vencido “promovendo o
aumento da natalidade mas, sobretudo, oferecendo condições de fixação
pelas vantagens que, no quadro dos valores contemporâneos, são mais
procurados”.“Um sistema educativo e de
saúde de qualidade superior, uma sociedade justa e com espaço para a
participação ativa, bons suportes sociais à infância e à velhice são
eficazes facilitadores da fixação da população, como o equilíbrio do
ambiente natural, o padrão de segurança que temos, o nível de mobilidade
de que já dispomos e o desenvolvimento económico que estamos a
conquistar”, sustentou.Na moção, Bolieiro manifesta um “compromisso de união, de verdade e de sucesso".“Verdade
nos planos e orçamentos, nas políticas que traçarmos e nos apoios que
concedermos. Verdade e transparência. A crítica será sempre encarada
como uma ajuda para fazermos o melhor que soubermos e pudermos”,
observou.No “novo ciclo da Autonomia dos
Açores” que este Governo está “a inaugurar”, há “espaço para a crítica e
para a manifestação livre das opiniões individuais”, sublinha.“A sociedade está mais solta. Mais criativa”, descreve no documento de 25 páginas.Este
“é o momento de envolver todos os agentes empresariais, académicos e
governamentais” para criar “um ecossistema regional de inovação dinâmico
e resiliente” que “potencie e alavanque os impactos dos instrumentos
comunitários disponíveis nos próximos anos”, acrescenta.Também é “necessário iniciar hábitos permanentes de transparência, rigor e responsabilidade”.“Só
uma administração pública cada vez mais profissional e afastada dos
interesses partidários garantirá um quadro estável de progresso e de
combate ao clientelismo e patrocinato”, alertou.Outra “exigência transversal” do futuro “está no rigor financeiro das contas públicas”.“Não
vamos aumentar o endividamento dos Açores! Pelo contrário, a opção é
encetar uma caminhada de redução da dívida pública regional”, indicou.Melhorar “o sistema de transporte e as suas estruturas” é outro “desígnio”.“A
nossa aposta de governação dos Açores tem uma matriz identitária com
opções reformistas e disruptivas. Desde logo, a aposta na criação
efetiva de um modelo de intermodalidade regional e territorial entre os
transportes aéreo e marítimo, consubstanciada na inovação, no modelo de
obrigações de serviço público de transporte aéreo e marítimo de pessoas e
mercadorias”, refere.