Líder do PS/Açores alerta que situação do Serviço Regional de Saúde "está pior"
14 de jan. de 2025, 16:07
— Lusa/AO Online
"Verificamos
que, infelizmente, o Serviço Regional de Saúde não está a funcionar
como devia. Está pior do que estava há quatro anos, mesmo retirando a
questão do Hospital em São Miguel", na sequência do incêndio ocorrido em
maio de 2024, afirmou Francisco César.O
líder da estrutura regional socialista falava aos jornalistas, após
reunir com o conselho de administração do Hospital da Horta, na ilha do
Faial."Basta falar com os açorianos para
perceber que eles não sentem que a sua saúde esteja melhor, porque o
Serviço Regional de Saúde não está melhor. Está pior. E, fazer
exatamente o mesmo não irá fazer com que a situação se resolva. É
preciso fazer diferente e para fazer diferente é preciso pensar para
além daquilo que está a ser feito", vincou Francisco César.O
líder socialista açoriano apontou que, atualmente, existem "menos
consultas", uma "maior lista de espera cirúrgica" e "um problema que
começa a ser crónico, pois o Serviço Regional de Saúde custa cada vez
mais e os orçamentos dos hospitais não correspondem às necessidades de
financiamento".Francisco César disse que o
Governo Regional de coligação "não financia os
hospitais no valor correto", com implicações "na vida" dos utentes."Isto
quer dizer que os gestores públicos têm de decidir entre comprar
medicamentos que são fundamentais ou pagar o complemento para o doente
oncológico", exemplificou.Referindo-se ao
caso concreto do Hospital do Faial, existem doentes com "pagamentos em
atraso" e "não por culpa dos gestores públicos", mas porque o executivo
"não financia os hospitais no valor correto"."E, quando chegamos a esse ponto é porque temos problemas graves", apontou.Francisco
César referiu que o Governo Regional tem um novo orçamento com "mais
300 milhões de euros do que teve no passado", que permite "resolver
todos os encargos que tinha do ponto de vista de dívidas que contraiu".O
líder regional socialista assegurou que o PS/Açores quer "participar
construtivamente" na discussão sobre o Serviço Regional de Saúde e
referiu-se, em concreto, à questão da fixação de médicos nos Açores."Vamos
estudar nos próximos seis meses uma alteração no sistema que permita
atrair médicos para o Serviço Regional de Saúde, em primeiro lugar, e,
em segunda lugar, nas ilhas onde há maior carência", adiantou.