Líder do PS/Açores acusa Governo Regional de falta de capacidade para organizar vacinação

Covid-19

4 de jun. de 2021, 10:26 — Lusa/AO Online

“O problema nunca foi, nem é, o número de vacinas, o problema é a capacidade de organizar um processo de vacinação coerente, célere e eficaz. E é assim que se demonstra também que seja necessário, para garantir isso nos Açores, que venham as Forças Armadas ajudar neste processo de vacinação”, afirmou.O dirigente socialista falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, numa sessão de apresentação da moção de orientação política do secretário-geral do PS, António Costa.O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou na quarta-feira que os Açores iriam receber uma majoração de 30 mil vacinas contra a covid-19 do Estado português, para vacinar a população das ilhas sem hospital, e que o processo de vacinação nessas ilhas contaria com o apoio de uma equipa de nove militares (seis enfermeiros, dois médicos e um farmacêutico), disponibilizada pelo Ministério da Defesa Nacional.Para Vasco Cordeiro, a ajuda dos militares comprova a falta de capacidade do Governo Regional para organizar o processo de vacinação contra a covid-19 nos Açores, mas o pedido de ajuda já devia ter sido feito.“Nós não censuramos isso, nós achamos isso muito bem. A única coisa que lamentamos é que se tenha demorado tanto tempo a reconhecer as limitações deste Governo e que se tenha demorado tanto tempo a pedir ajuda ao Governo da República e às Forças Armadas para conseguir proteger os Açores e os açorianos desta pandemia”, salientou.O líder regional socialista defendeu, por outro lado, que as próximas eleições autárquicas assumem “uma importância decisiva e fundamental” nos Açores.“Face àquele que é o desgoverno ao nível da região, ao ziguezague entre as opções que vão pontuando consoante o sabor das circunstâncias, é também ao nível autárquico que o Partido Socialista tem a oportunidade de salientar e de afirmar uma ideia de progresso, uma ideia de desenvolvimento, uma ideia de futuro para cada um dos nossos municípios e das nossas freguesias”, frisou.Vasco Cordeiro denunciou, no entanto, ataques ao exercício de “liberdade, democracia e participação cívica” por parte dos partidos que assumiram o poder em novembro de 2020.“Não pode passar sem uma palavra de repúdio e de protesto aqueles que são os sinais que se avolumam das pressões, das ameaças veladas aos candidatos do PS nessas autárquicas por parte daqueles que compõem o atual Governo Regional e que visam limitar a liberdade de participação”, acusou.