Líder do PDR anuncia candidatura “ao centro” para Belém
28 de jul. de 2020, 16:29
— Lusa/AO Online
“Eu pretendo ser um
candidato efetivamente de todos os portugueses e abrangendo todas as
ideologias políticas, já que até sou candidato do centro, um centro que
abrange toda e qualquer posição, desde que seja a mais correta a ser
aplicada em determinado momento”, disse.O
líder do partido fundado pelo advogado e ex-eurodeputado Marinho e
Pinto, afirmou que “o PDR apoiará a candidatura”, desejando poder
“trazer mais-valia ao debate democrático que irá suceder-se”.“Qualquer
pessoa que concorra tem dificuldades em ser eleito devido à
popularidade do atual Presidente (Marcelo Rebelo de Sousa), mas não vejo
a Presidência como um mero concurso de popularidade”, defendeu. Fialho
torna-se assim o terceiro candidato anunciado à Presidência da
República, depois do populista André Ventura (Chega), e do advogado e
fundador da Iniciativa Liberal Tiago Gonçalves, enquanto o popular
“inquilino” do Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa, remete o anúncio para
o final do ano.“Não teria tomado a
decisão abrupta relativamente ao estado de emergência que o atual
Presidente tomou porque tem tido uma atuação de secundar todas as
decisões do atual Governo. Teria sido mais fácil para o país ter
encerrado as fronteiras e não encerrar o país inteiro, provocando este
estado caótico em que estamos”, disse.Bruno
Fialho tem 45 anos e formou-se em Direito, tendo exercido a profissão
de advogado. Atualmente, é chefe de cabina de uma companhia aérea, unido
de facto e pai de Bruno, cinco anos, e de Sara, três anos.O
anunciado candidato pensa que um Chefe de Estado deve “tomar as rédeas
da política externa de Portugal, nomeadamente ao nível da União
Europeia” e, por outro lado, evitar “atribuições tão voláteis de
condecorações, a pessoas que se vêm a confirmar, judicialmente, que não
eram suficientemente merecedoras”.O
presidente do PDR defendeu que a Presidência da República “deve ouvir
todos os partidos, com representação parlamentar ou não, pelo menos duas
vezes por ano” para “não discriminar dezenas de milhares de
portugueses” que votam noutros partidos que não estão no parlamento.Fialho
é adepto do serviço militar ou cívico obrigatório e considerou que o
Comandante Supremo das Forças Armadas deve ter uma “posição mais firme”
sobre os ex-combatentes, “que nunca tiveram aquilo que merecem e lhes é
devido por terem lutado por Portugal no Ultramar”.Este novo concorrente a Belém defende ainda a revogação do atual Acordo Ortográfico.