Líder da oposição acusa Maduro de escolher caminho "da repressão"
Venezuela
1 de ago. de 2024, 11:35
— Lusa/AO Online
"Oferecemos
ao regime que aceite democraticamente a sua derrota e avance com a
negociação para assegurar uma transição pacífica; no entanto, optaram
pela via da repressão, da violência e da mentira”, escreveu María Corina
Machado, principal apoiante do candidato da oposição, Edmundo González
Urrutia, na rede social X (antigo Twitter).A
ex-deputada pediu aos venezuelanos que se mantenham “ativos e firmes” e
se mobilizem para “fazer valer a verdade”, numa referência à vitória
que atribuiu ao candidato da principal coligação da oposição - a
Plataforma Democrática Unida (PUD) - com 70% dos votos. Na
mensagem, Machado lembrou que a oposição maioritária “luta há anos para
unir” o país “em torno de valores comuns num movimento cívico de
resgate da liberdade”.Milhares de cidadãos
protestam desde segunda-feira contra o resultado emitido pelo Conselho
Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro vencedor por pouco mais de
704.114 votos contra González Urrutia, quando ainda faltavam contar
mais de dois milhões de boletins, o que poderia alterar os resultados
finais.O Governo classificou as manifestações "de terroristas", tendo detido mais de 1.200 pessoas, segundo dados oficiais.Além disso, responsabilizou pelas ações González Urrutia e Machado, que, disse Maduro, “deviam estar atrás das grades”.O
Centro Carter, que participou como observador nas eleições, disse na
terça-feira que o processo “não se adequou” aos parâmetros e padrões
internacionais de integridade eleitoral e, por isso, esta “não pode ser
considerada uma eleição democrática”.