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Libertados os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud

Os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud e que estavam detidos em Israel foram libertados e conduzidos até a fronteira com a Jordânia, anunciou o Governo brasileiro


Autor: Lusa/AO Online

“Após negociações conduzidas pelo Governo brasileiro, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, entre eles a Deputada Federal Luizianne Lins (PT-CE), foram conduzidos até à fronteira com a Jordânia e libertados”, indicou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em comunicado.

O Governo brasileiro recordou que a flotilha Global Sumud, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, “tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza”.

“O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio a Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, sublinhou.

No dia anterior, o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, acusou Israel de violar a lei internacional.

"O Estado de Israel violou as leis internacionais ao intercetar os integrantes da 'Flotilha Global Sumud', entre eles cidadãos brasileiros, fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país", começou por denunciar o chefe de Estado brasileiro através de uma nota divulgada nas redes sociais.

Lula da Silva acrescentou que instruiu a diplomacia brasileira a prestar "todo o auxílio para garantir a integridade" dos brasileiros.

Desde quinta-feira que o Governo brasileiro condena a interceção "ilegal e a detenção arbitrária" dos ativistas nas embarcações da Global Sumud Flotilla por parte de Israel.

O Brasil reconhece o Estado da Palestina desde 2010 e tem frisado que o único caminho para a paz é a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, coexistindo lado a lado com Israel, com as fronteiras definidas desde 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como capital.

O Presidente brasileiro tem sido um dos chefes de Estados mais vocais contra o Governo israelita, que declarou Lula da Silva "persona non grata", por este afirmar que o país está a cometer um "genocídio" na Faixa de Gaza, e ter comparado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler.