Libertados os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud
7 de out. de 2025, 16:08
— Lusa/AO Online
“Após negociações conduzidas pelo Governo
brasileiro, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, os 13
brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, entre eles a
Deputada Federal Luizianne Lins (PT-CE), foram conduzidos até à
fronteira com a Jordânia e libertados”, indicou o Ministério das
Relações Exteriores do Brasil, em comunicado.O
Governo brasileiro recordou que a flotilha Global Sumud, integrada por
mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades,
“tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de
Gaza”.“O Brasil conclama a comunidade
internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio a Gaza, por
constituir grave violação ao direito internacional humanitário”,
sublinhou.No dia anterior, o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, acusou Israel de violar a lei internacional."O
Estado de Israel violou as leis internacionais ao intercetar os
integrantes da 'Flotilha Global Sumud', entre eles cidadãos brasileiros,
fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los
detidos em seu país", começou por denunciar o chefe de Estado brasileiro
através de uma nota divulgada nas redes sociais.Lula
da Silva acrescentou que instruiu a diplomacia brasileira a prestar
"todo o auxílio para garantir a integridade" dos brasileiros.Desde
quinta-feira que o Governo brasileiro condena a interceção "ilegal e a
detenção arbitrária" dos ativistas nas embarcações da Global Sumud
Flotilla por parte de Israel.O Brasil
reconhece o Estado da Palestina desde 2010 e tem frisado que o único
caminho para a paz é a concretização da solução de dois Estados, com um
Estado da Palestina independente e viável, coexistindo lado a lado com
Israel, com as fronteiras definidas desde 1967, incluindo a Faixa de
Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como capital.O
Presidente brasileiro tem sido um dos chefes de Estados mais vocais
contra o Governo israelita, que declarou Lula da Silva "persona non
grata", por este afirmar que o país está a cometer um "genocídio" na
Faixa de Gaza, e ter comparado o primeiro-ministro israelita, Benjamin
Netanyahu, a Adolf Hitler.