Lei do Clima, solo e floresta são desafios ambientais para 2019
28 de dez. de 2018, 08:50
— Lusa/AO Online
Num balanço do que
correu bem e do que correu mal em 2018, a organização traça também os
desafios para o próximo ano, desde logo a adoção por parte do parlamento
de uma Lei do Clima que permita inscrever os principais objetivos do
Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050. A
Zero recorda como um dos acontecimentos a celebrar a apresentação, em
04 de dezembro, do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, que visa
nomeadamente chegar a meio do século com 100% de eletricidade de fontes
renováveis e a descarbonização dos transportes (energia limpas). Desafio
também para 2019 é a alteração na política de resíduos, incentivando
uma “verdadeira economia circular”, alinhando as metas nacionais com as
europeias, reduzindo o envio de resíduos para aterro e incineração, e
aumentando a reciclagem e a compostagem, diz a Zero em comunicado. A
adoção do Plano de Gestão Integrada de Fogos Rurais, já aprovado pelo
Governo, e o envolvimento da população de forma a aplicar eficazmente o
Plano para o Uso Eficiente da Água, utilizando-se de forma segura as
águas residuais tratadas e fazendo-se o aproveitamento das águas
cinzentas (de lavar a loiça, por exemplo) e pluviais (da chuva) estão
também entre os objetivos apontados.A
Zero lembra ainda que está em consulta pública o Plano de Situação do
Ordenamento do Espaço Marítimo para dizer que em 2019 é importante “uma
atenção especial ao Mar”, garantindo que a exploração dos muitos e
variados recursos marinhos não coloca em causa a viabilidade futura.No
ano que agora termina a Zero refere como principais acontecimentos
negativos a poluição do Tejo, logo em janeiro, o esgotamento dos
recursos naturais disponíveis (o chamado “overshoot day”, em junho), o
incêndio de Monchique, a onda de calor em agosto e as grandes
concentrações de ozono no mesmo mês.Como
acontecimentos negativos ainda a derrocada de uma estrada em Borba, um
alerta para o “enorme descontrolo no que respeita ao cumprimento da
legislação” sobre pedreiras. E o reconhecimento de que Portugal não irá
cumprir as metas europeias relativas a resíduos urbanos até 2020.Como
bons momentos a associação lembra o mês de março, quando os portugueses
consumiram eletricidade exclusivamente produzida através de fontes
renováveis, a desistência do projeto de prospeção de petróleo em
Aljezur, ou a aprovação pelo Parlamento de uma proposta de um sistema de
depósito de embalagens, a chamada tara renovável.