Autor: Lusa
A uma semana das eleições legislativas, 333.347 eleitores recenseados no território nacional, o maior número de sempre, estavam inscritos para votar hoje em mobilidade, tendo Marcelo Rebelo de Sousa votado antecipadamente na Câmara de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro.
O Presidente da República aproveitou a ocasião para apelar ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições, e considerou que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.
Num almoço-comício em Cantanhede, Coimbra, o presidente do PSD defendeu que a estabilidade política pode “fazer toda a diferença” em Portugal perante a incerteza europeia e mundial, considerando que “as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”.
Durante amanhã e no final de um jogo de vólei de praia e de um mergulho em Espinho, Luís Montenegro admitiu que poderá fazer “uma boa dupla” com o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, embora sem saber como é que ele joga.
No Cartaxo, o presidente da IL disse ter sido desafiado pela “direção e liderança” do PSD para uma coligação pré-eleitoral nestas legislativas, mas recusou porque não é um “partido apêndice”. Rui Rocha desafiou também o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a clarificar se admite acordos com o BE e PCP após as eleições, considerando que são partidos que estão fora do espetro democrático.
Já durante a tarde, Rui Rocha foi atingido com pó verde durante um comício em Lisboa por dois ativistas que apareceram no palco onde discursava com um cartaz contra os combustíveis fósseis.
Por sua vez, Pedro Nuno Santo apelou à concentração de votos no PS daqueles que “não queiram a AD governar” para que se construa uma “alternativa política” e, em Vila Nova de Gaia, considerou que, num momento de instabilidade, os portugueses preferem na governação o PS, que “nunca falhou nos momentos difíceis”.
Numa ação sobre mobilidade em Lisboa, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, recordou a criação do passe único de transportes em 2019, pela mão da CDU e sugeriu que poria uns “patins – e bem oleados –” àqueles que não cumprem as promessas.
O ex-secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa entrou hoje na campanha da CDU e afirmou que o partido fez mais do que a sua parte para um diálogo à esquerda, considerando que é necessário criar uma alternativa política num quadro que é complexo.
Depois do presidente do PSD e primeiro-ministro ter afirmado no sábado que sente “a responsabilidade de ser o farol do país”, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, acusou hoje Luís Montenegro de ser “um fraco farol” e estar “completamente desorientado na sua bússola moral” ao guiar o país para situações "muito difíceis".
Em Cascais, Rui Tavares considerou ainda que esta última semana de campanha eleitoral é um bom momento para os eleitores escolherem entre a dupla do “chico-espertismo e acelera” da direita ou a dupla da “condução segura” da esquerda.
Ainda em resposta ao “farol do país” de Montenegro, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, considerou que “o farol do país são as mulheres que trabalham” e a “força mais poderosa contra a direita”, garantindo que vai defender a violação como crime público na próxima legislatura.
Pelo quinto dia consecutivo, o presidente do Chega tinha à sua espera em Castelo Branco elementos da comunidade cigana, mas a presença de vários agentes da PSP no local evitou que os ânimo aquecessem, o que levou André Ventura a agradecer aos polícias que têm acompanhado as ações de rua do partido no âmbito da campanha eleitoral às legislativas do próximo domingo.
No Porto, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou ser o voto antecipado a oportunidade para dar mais força e confiança aos partidos que têm trabalhado e não aos que conduziram o país para a instabilidade.