O ex-árbitro
internacional, de 54 anos, revelou a decisão durante a 13.ª edição da
Cimeira de Presidentes da LPFP, que decorreu na recém-inaugurada sede do
organismo, no Porto, com a presença de dirigentes de 33 das 34
sociedades desportivas da I e II Ligas, com a ausência apenas do Paços
de Ferreira.Pedro Proença garantiu que não ficou “indiferente aos vários apelos” recebidos por todos os agentes do futebol português “Depois
de ter auscultado várias entidades, informo que serei candidato à
presidência da Federação Portuguesa de Futebol. Desta decisão já
informei o presidente da UEFA, o vice-presidente da Ligas Europeias, o
presidente da Federação Portuguesa de Futebol e os presidentes de todos
os clubes do futebol profissional”, disse, numa declaração aos
jornalistas sem direito a perguntas.Fonte
do agora candidato revelou à agência Lusa que o desafio que Pedro
Proença se propôs recebeu o apoio da maioria clubes do futebol
profissional, nomeadamente do Sporting, Benfica, FC Porto e Sporting de
Braga.“Não fique indiferente aos vários
apelos que recebi de todos os agentes do futebol português para abraçar
esse desafio. Recebi hoje o incentivo dos clubes de futebol profissional
que entendem que este compromisso é a continuação daquele que assumi há
dez anos”, disse o ainda presidente da LPFP.Pedro
Proença considerou “ter as competências necessárias para abraçar este
projeto mobilizador do futebol português”, e prometeu construir “uma
equipa que responderá aos desafios”.O
candidato afirmou que só depois da validação formal da candidatura
apresentará as linhas programáticas do seu projeto para a FPF.“Até
lá, assumirei as minhas responsabilidades e continuarei focado nas
minhas funções como presidente da Liga Portuguesa de Futebol
Profissional e das Ligas Europeias”, concluiu.Em
setembro, aquando de uma Assembleia Geral (AG) ordinária do organismo,
os clubes já tinham desafiado o administrador judicial e gestor de
empresas - que se notabilizou nos relvados como árbitro, de 1998 a 2015 -
a avançar para a sucessão de Fernando Gomes.Alvo
de várias manifestações de apoio nas últimas semanas, incluindo dos 20
delegados dos clubes do futebol profissional com direito de voto, e da
Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), o líder da LPFP,
que também é, por inerência, vice-presidente da FPF, pronunciou-se na
véspera da conclusão do prazo para a entrega de candidaturas.Proença
juntou-se nas eleições federativas ao advogado Nuno Lobo, cuja
candidatura foi anunciada em outubro, quase um ano e meio depois de ter
sido reconduzido sem oposição na LPFP até 2027, tornando-se o primeiro
presidente do organismo designado para três mandatos seguidos e dando
continuidade aos quadriénios iniciados em 2015 e 2019.O
gestor lisboeta passaria a acumular funções como dirigente máximo da
Associação de Ligas Europeias em novembro de 2023, no último ponto alto
de uma carreira em que foi condecorado como melhor árbitro do mundo de
2012 pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol
(IFFHS) e melhor ‘juiz’ português do século pela FPF em 2015.As
eleições dos órgãos sociais federativos rumo ao quadriénio 2024-2028
estão marcadas para 14 de fevereiro de 2025, numa altura em que Fernando
Gomes está em funções desde 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e
último mandato permitido por lei.O
escrutínio é constituído por 84 delegados, 29 dos quais por inerência,
que incluem os 22 presidentes das associações regionais e distritais,
assim como os líderes da LPFP e das estruturas representativas de
treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e
massagistas e médicos.Além destes, a AG
eleitoral da FPF tem mais 55 delegados: 20 representantes dos clubes das
competições profissionais, oito das provas não profissionais, sete das
distritais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco
dos técnicos e cinco dos árbitros.