Lajes das Flores pede atenção para ilha que pela distância tem “fator negativo”
Hoje 09:14
— Lusa/AO Online
“A
ilha das Flores não pode ser vista como uma ilha do Central ou do grupo
Oriental. A ilha das Flores fica distante e só pela distância […] já tem
um fator negativo relativamente às outras ilhas”, disse hoje aos
jornalistas o socialista Beto Vasconcelos.O
autarca falava no final de uma reunião com o Governo açoriano
(PSD/CDS-PP/PPM), liderado por José Manuel Boleiro, realizada no âmbito
da visita estatutária do executivo regional à ilha das Flores.Para
o presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores, “qualquer que
seja o Governo que esteja em funções tem de ter isso em atenção e tem de
ter em atenção a dificuldade que é trazer bens e mercadorias, trazer
médicos para consultas médicas, trazer o que quer que seja para o
desenvolvimento da ilha”.“E a necessidade
de fixação de pessoas e de jovens na ilha também vai muito no sentido de
poder fazer a diferença, não só em termos de população, mas também de
meios técnicos e humanos capazes de ajudarem no desenvolvimento das
Flores”, disse.Segundo Beto Vasconcelos, a
ilhas das Flores tem “vindo a perder população nos últimos anos e o
Governo terá e tem um papel essencial nesta matéria e tem que criar
condições para que se fixem pessoas na ilha”.O
autarca referiu ainda que fez ao executivo regional açoriano pedidos
essencialmente relacionados com questões de saúde e transportes. “A
questão do Governo nestas áreas tem que ser trabalhar no sentido de
colmatar as necessidades existentes e de dar aos florentinos ou fornecer
as respostas necessárias. Não são nada de coisas do outro mundo, mas
são questões básicas essenciais ao dia a dia da vida nas Flores”,
concluiu.Quanto às obras de recuperação do
porto das Flores, destruído pelo furacão Lorenzo, o autarca referiu que
estão em curso e que, a sua concretização é "uma necessidade" para a
ilha e para o concelho das Lajes das Flores.Por
sua vez, o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro,
referiu que o executivo conhece bem a ilha das Flores, mas fez questão
de realizar a visita estatutária, desta vez com uma agenda mais reduzida
do que o habitual, para se reunir com os autarcas recém-eleitos para
lhes desejar felicidades no exercício do mandato e apontar “as suas
prioridades”.No caso das Lajes das Flores,
“tratou-se de uma reeleição e, naturalmente, já há um conhecimento
mútuo das grandes prioridades, mas ficaram aqui reafirmadas, como
sempre, uma preocupação ligada aos transportes, ligada à saúde, ligada à
educação e à demografia”.“E, portanto,
foram temas abordados com total disponibilidade, quer do Governo, quer
do município, para uma cooperação nestes domínios. Já muito se avançou,
mas continuam, naturalmente, as preocupações relativas a estas
prioridades que são, aliás, legítimas”, disse.E
concluiu: “Mas, eu também tive a oportunidade de informar os ganhos e
os adquiridos que já foram alcançados nestes últimos tempos”.