Lacerda Sales diz que haverá "tolerância zero" para vacinação indevida
Covid-19
1 de fev. de 2021, 18:25
— Lusa/AO Online
“O
grupo de trabalho tem reforçado as suas orientações para que no caso de
haver doses sobrantes, existam listas suplementares elaboradas com
critérios de priorização do plano de vacinação, para que possam ser
usadas as vacinas sobrantes” afirmou.À
margem de uma visita ao hospital de Faro, o governante revelou que
essas listas “não existiam” e que eram as entidades responsáveis pelas
vacinação que elaboravam a listagem, defendendo que “na generalidade o
processo tem corrido bem”.Para o
secretário de Estado, a vacinação de pessoas de grupo não prioritárias é
uma questão que se está a “colocar agora com mais premência” e por isso
o grupo de trabalho decidiu “dar indicações e muito bem”, para se
criassem as “listas suplementares, de acordo com o plano de vacinação e
os critérios de priorização”.Informou
ainda que estão a ser promovidas pela Inspeção de Atividades em Saúde
auditorias de âmbito nacional e há “procedimentos que terão sanções quer
ao nível disciplinar e criminal, se durante a sede de inquérito tal se
provar”.Questionado pelos jornalistas
sobre se estão garantidas as vacinas necessárias para as segundas doses,
afirmou que “está garantida a administração da segunda dose a todos os
que levaram a primeira”, incluindo os que a tomaram invalidamente".Segundo António Lacerda Sales, já foram administradas “338 mil doses, 68 mil já com segunda dose”.Em
relação às recomendações de outros países em desaconselhar a
administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 50 anos,
António Lacerda Sales afirmou que Portugal irá seguir a “melhor
evidência científica”.“Se vier a
comprovar-se que essa vacinação é preferível em pessoas com menos de 50
anos, assim o faremos, se assim não for, manteremos o nosso plano de
vacinação tal como está”, sublinhou.Depois
da visita à unidade de Faro, o secretário de Estado deslocou ao
Hospital de Portimão e ao Pavilhão Arena, onde está instalado um
hospital de campanha com uma enfermaria para doentes com covid-19.Referindo-se
a essa estrutura, destacou o facto de poder aumentar a capacidade em
receber doentes, passando de uma “unidade de estrutura de apoio de
retaguarda” para outra, com a possibilidade e acolher pacientes com
“necessidade de alto fluxo” de oxigénio.O
governante revelou que o conselho de administração do Centro Hospitalar
Universitário do Algarve (CHUA) lhe garantiu que caso fosse necessário
estariam “ventiladores à disposição” e conseguiriam “implementar uma
unidade" dentro do Portimão Arena.