Autor: Lusa/AO Online
“As sessões serão distribuídas por 10 meses do ano. E as grandes novidades para o plano deste ano integram três ações focadas na publicação do novo regime de reabilitação de edifícios que foi publicado em outubro do ano passado”, afirmou o diretor do LREC, Francisco Fernandes, em declarações aos jornalistas.
O responsável falava em Ponta Delgada, São Miguel, nos Açores, à margem da apresentação do Plano de Divulgação do Conhecimento Científico e Tecnológico do LREC para 2020, tendo acrescentado que as ações irão incidir "em três temáticas", nomeadamente "a avaliação da vulnerabilidade sísmica em ações de reabilitação" e de "segurança contra incêndios em ações de reabilitação" e o regulamento geral de edificações urbanas.
“Estes três cursos focam esta preocupação que tem a ver com o facto de ter sido publicado este novo regime de reabilitação de edifícios em 2019”, referiu Francisco Fernandes, acrescentando que o plano para este ano tem como “novidade nos cursos um dedicado às obras hidráulicas e marítimas, um tema importante para a região”.
Assim, o plano do LREC contempla "o curso de infraestruturas rodoviárias e formação em sistemas de informação geográfica".
"Avaliação da vulnerabilidade sísmica em ações de reabilitação, formação sobre o novo regime de acessibilidades em ações de reabilitação ou ainda a questão da geotecnia na reabilitação urbana", são outras das temáticas a abordar no Plano do LREC para este ano.
O LREC, criado em 1980, tem previstas ainda ações sobre o "papel do restauro arquitetónico na valorização do património construído" e um curso que visa dotar a comunidade técnica de competências básicas na área das aplicações estruturais de madeira e derivados.
Francisco Fernandes adiantou também que o Plano do LREC prevê um curso de formação sobre "o novo método de avaliação de segurança contra incêndios em ações de reabilitação e sobre cálculo automático de estruturas de engenharia civil".
Na sessão de apresentação do plano, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas sublinhou o contributo dado pelo LREC na divulgação do conhecimento científico e tecnológico nos Açores, o que que tem permitido "valorizar o setor da construção" no arquipélago.
“O conhecimento é necessário para que possa haver evolução, sendo este um dos pilares da missão do LREC”, salientou Ana Cunha, lembrando que há quase 40 anos que o LREC faz investigação aplicada às especificidades regionais para a divulgação científica e técnica, e presta serviços de natureza laboratorial e apoio técnico.
Ana Cunha destacou os projetos desenvolvidos pelo LREC, entre eles a Plataforma de Indústria Criativa dos Açores (PICA), que visa o desenvolvimento de novos produtos e materiais a partir de recursos endógenos, para utilização no setor da construção e reabilitação, do mobiliário e do design.
“Através desta
plataforma, a iniciativa Use&Abuse promoveu um concurso
internacional destinado ao desenvolvimento de produtos a partir de
rochas, fibras, solos e madeiras existentes na região”, adiantou a
governante, explicando que o LREC está encarregue da revisão do Catálogo
de Materiais Endógenos Produzidos e Transformados na Região Autónoma
dos Açores, prevendo-se a sua divulgação no final do primeiro semestre
deste ano.