Autor: Lusa/AO Online
“Se for necessário não tenho nenhum ressentimento pessoal para me reunir com ele (…). Estou preparado para me reunir com ele se nos ajudar a parar a guerra”, disse Kuleba em conferência de imprensa, após ter mantido contactos em Bruxelas com representantes dos países da NATO.
No entanto, o ministro ucraniano precisou que, pelo que ouve “publicamente do senhor Lavrov”, não está “otimista”.
“Em cada um dos seus comentários, Lavrov está a prejudicar e a bloquear as negociações”, afirmou.
"O facto de [Lavrov] justificar o bombardeamento de um hospital em Mariupol e as atrocidades em Bucha e os crimes de guerras em outras localidades e cidades da Ucrânia e os considera mentira, converte-o em cúmplice deste crime”, acrescentou o chefe da diplomacia ucraniana.
O ministro também reiterou o pedido aos aliados de que aquilo que o seu país necessita são “armas, armas, armas”, que devem ser enviadas o mais rapidamente possível.
“Para vencer a guerra, necessitamos sobretudo de armas (…). Dão-nos tudo o que necessitarmos e lutaremos pela nossa segurança e também para que o Presidente [russo, Vladimir Putin] não tenha ocasião de experimentar o artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte”, apontou Kuleba, numa referência ao compromisso da NATO de entrar em cena em caso de ataque a um dos países da Aliança militar.
“Não tenho
dúvidas de que a Ucrânia terá as armas necessárias para lutar”, porque
“a discussão não é sobre a lista de armamento, mas antes quando o
teremos”, assinalou.