Kremlin assume que derramamento de petróleo no Mar Negro é “muito grande”
24 de dez. de 2024, 11:45
— Lusa/AO Online
“Infelizmente, a escala do
desastre é muito grande. Será necessário mais tempo, mais forças e mais
recursos para eliminar as consequências”, disse o porta-voz da
presidência russa, Dmitry Peskov, a um grupo de jornalistas.Peskov
acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, e outros membros da
administração presidencial são constantemente informados sobre a
situação e as medidas que estão a ser tomadas pelas autoridades que
gerem a crise no terreno.Ao mesmo tempo, referiu que a introdução de um regime federal de emergência na região dependerá das recomendações dos peritos.“Ainda não. Tudo dependerá das recomendações dos especialistas que trabalham no terreno”, disse Peskov.Segunda-feira,
as autoridades russas alertaram para o facto de que até 200.000
toneladas de solo ao largo da costa russa do Mar Negro poderiam ser
contaminadas pelo derrame de petróleo resultante do afundamento de dois
petroleiros russos perto do Estreito de Kerch, a 15 deste mês.Até à data, especialistas e voluntários conseguiram retirar da costa 21.000 toneladas de solo contaminado com petróleo.Cada
vez mais pessoas (cerca de 9.500 voluntários) estão a participar na
limpeza da costa, de acordo com o Ministério das Situações de
Emergência.Na semana passada, Putin
descreveu o derrame de petróleo no Mar Negro como uma “catástrofe
ecológica” e apelou à adoção de medidas para evitar a continuação da
poluição das zonas afetadas.O chefe do
Kremlin afirmou que cerca de 40% do fuelóleo transportado pelos
petroleiros afetados, cerca de 9.200 toneladas, foi derramado no mar.Os
petroleiros “Volgoneft 212” e “Volgoneft 239”, ambos construídos há
mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados para
navegar no mar, afundaram-se perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar
Negro ao Mar de Azov, durante uma tempestade.O
primeiro partiu-se em dois a cerca de sete/oito quilómetros da costa e o
segundo andou à deriva durante várias horas antes de finalmente
encalhar a cerca de 80 metros da costa em Krasnodar, uma das regiões
mais visitadas pelos turistas russos.