Autor: Lusa/AO Online
“Os ataques russos de hoje contra um jardim infantil e um orfanato são crimes de guerra e violações do Estatuto de Roma”, escreveu Dmytro Kuleba na rede social Twitter, onde anunciou que estes “e outros factos” serão enviados ao TPI.
O chefe da diplomacia ucraniana assegurou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a recolher provas para as enviar “de imediato” para Haia (Países Baixos), onde fica a sede da instância internacional.
“Não poderão evitar o castigo”, acrescentou.
As autoridades ucranianas denunciaram desde o início da operação militar russa contra a Ucrânia, ordenada na quinta-feira pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, a ocorrência de ataques contra instalações civis, o que foi desmentido pelo Ministério da Defesa russo.
"Os militares russos tomam todas as medidas para evitar vítimas entre a população civil”, declarou hoje o porta-voz da instituição castrense russa, Igor Konashenkov, que, por sua vez, acusou o exército ucraniano de colocar vários lançadores em áreas povoadas para usar a população como “escudo humano”.
Durante uma conferência de imprensa em Moscovo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse hoje que o objetivo da invasão russa da Ucrânia ordenada pelo Presidente Vladimir Putin é libertar os ucranianos da opressão e impedir que o país continue a ser governado por “neonazis e por aqueles que promovem o genocídio”.
Nas
mesmas declarações, Lavrov lamentou que a comunidade internacional
“esteja em coro a negar que existem sintomas óbvios de genocídio na
Ucrânia” e anunciou que Moscovo vai apresentar provas disso ao Conselho
de Direitos Humanos da ONU, na próxima semana.