"Estamos numa ditadura e deve haver pressão", disse Juan Guaidó, denunciando um regime "absolutamente corrupto". "Precisamos de mais sanções da UE, conforme decidido pelos Estados Unidos", insistiu o parlamentar de direita.A
crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan
Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que
assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.Guaidó,
35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu
formar um governo de transição e organizar eleições livres.Nicolás
Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de
Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma
tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos. A
União Europeia fez um ultimato a Maduro para convocar eleições nos
próximos dias, prazo que Espanha, Portugal, França, Alemanha e Reino
Unido indicaram ser de oito dias, findo o qual os 28 reconhecem a
autoridade de Juan Guaidó e da Assembleia Nacional para liderar o
processo eleitoral.Esta
crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou
2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das
Nações Unidas.Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.