Autor: Nuno Martins Neves
Ao Açoriano Oriental, Carlos Furtado defendeu a revisão do modelo de transporte marítimo de mercadorias, por este não servir a economia, principalmente nas ilhas mais pequenas.
“Ter uma atividade económica nesta região já é complicado, pois fruto de termos um IVA mais baixo do que no continente, nós pagamos uma taxa mais alta (23%), para vender a uma taxa inferior (16%). Isso obriga a um esforço de tesouraria enorme, que se agrava quando as mercadorias ficam retidas no continente por falta de capacidade de transporte das transportadoras marítimas”, afirmou.
Para este problema, o candidato do JPP/Açores considerou que o modelo que existe não é favorável, “pois assenta na livre concorrência entre operadores e isso não tem trazido benefícios. É essencial trazer um programa de apoio ao transporte marítimo, mas que também responsabilize os players”.
Da visita à queijaria O Morro, uma empresa familiar gerida “de forma profissional”, Carlos Furtado realçou a importância do setor leiteiro, apelando a uma maior atenção por parte da República.
“A Assembleia da República tem de perceber a importância da agricultura para o país, em particular para os Açores, pois são a zona do país onde a atividade do setor primária tem mais expressão. É preciso criar músculo naquilo que é o lobby da agricultura. E ninguém se tem preocupado com isso nos partidos do sistema.”
O
candidato do JPP/A questionou ainda a situação da CALF - Cooperativa
Agrícola de Lactícinios do Faial. “A CALF tem problemas muito graves e
um deles foi ter sido apoiada pela administração pública regional, sem
se saber da sustentabilidade do modelo de negócio”.