Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa, o líder do JPP nos Açores adiantou que o partido vai avançar com todas as “ações necessárias” para reabrir o Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, que sofreu um incêndio a 04 de maio, caso o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) não o faça nos “próximos dias”.
“O JPP já está a equacionar seriamente a possibilidade, junto do gabinete jurídico que nos presta assistência, de mover as ações necessárias, incluindo as judiciais, para pressionar o governo a resolver esta situação”, disse Carlos Furtado.
Por outro lado, o responsável pelo JPP/Açores desafiou a secretária da Saúde, Mónica Seidi, a apresentar um “relatório pormenorizado de todas as ações que foram feitas na reabilitação do HDES após o incêndio” e de “todas aquelas que ainda faltam fazer” e que, no “entendimento da tutela, condicionam a reabertura do hospital”.
“O HDES só não abre porque não querem, porque há condições para a reabertura. Todas as situações graves que existiam na recuperação do edifício foram resolvidas, com a exceção da zona de cozinha e alguns espaços conexos”, salientou.
Carlos Furtado considerou que condicionar a reabertura total do HDES devido à obra estrutural na infraestrutura “não é um argumento de um político responsável”.
“Esse argumento não convence ninguém. Isso é o mesmo do que dizer que enquanto existirem obras na cozinha não se servem almoços lá em casa”, ironizou.
O líder do JPP/Açores, partido que não tem assento no parlamento açoriano, defendeu ainda a realização de uma comissão parlamentar de inquérito às “decisões pós-incêndio” do Governo Regional.
“O que está aqui em causa
é que o governo quer arranjar uma utilidade para a estrutura modular
que comprou e agora escuda-se nessa situação, porque se abrir o HDES vai
esvaziar o modular e isso vai constituir um fracasso para o governo”,
declarou, insistindo que não se pode “condicionar a qualidade dos
serviços de saúde prestados aos micaelenses só por uma teimosia
injustificada do Governo dos Açores” e prometendo ir “até às últimas
consequências”.