Jovens portugueses são os europeus que fazem mais planos para ter filhos
5 de set. de 2022, 15:34
— Lusa/AO Online
Segundo os dados da segunda fase
do inquérito Merck “Sustentável ou nada. O futuro que os millennials e a
geração Z da Europa querem”, realizado em 10 países europeus no âmbito
das comemorações do ano Europeu da Juventude 2022, 72% das gerações mais
jovens europeias quer vir a ter uma família, um valor que em Portugal
atinge os 82%.O estudo, que contou com a
participação de mais de 6.100 jovens, indica ainda que, em Portugal, 49%
dos millennials (entre 25 e 35 anos) querem ter filhos no prazo de três
anos.Os inquiridos portugueses voltam a
destacar-se, no conjunto de todos os europeus, como os mais recetivos à
realização de tratamentos de fertilidade no caso de dificuldade em
conceber naturalmente: oito em cada 10 jovens não hesitariam em fazê-lo,
um valor sete pontos percentuais mais alto do que os jovens europeus no
seu conjunto.Quanto ao que estas gerações
valorizam quando se trata de constituir família, o estudo mostra que em
Portugal é a saúde física e emocional que vem em primeiro lugar para os
millenials (98%) e para os que têm entre oito e 23 anos (geração Z,
97%).O estudo, que em Portugal contou com
612 participantes, diz que em segundo lugar surge o facto de ter o
parceiro certo (97% em ambas as gerações) e, em terceiro lugar, ter um
emprego “satisfatório e estável” (96% nos millennials e 97% na geração
Z).O inquérito contou com a participação
de milhares de jovens entre os 18 e os 35 anos de Portugal, Alemanha,
Áustria, Espanha, França, Hungria, Itália, Noruega, Polónia e Reino
Unido. O estudo quis ainda saber se os jovens tinham alguém ao seu cuidado, com 34% dos europeus a responderem de forma afirmativa.Em
Portugal, esta percentagem não vai além dos 26%, o que torna o país
(entre os 10 que participaram) no segundo onde menos jovens são
cuidadores informais. Na Noruega este valor chega aos 51% e em França
aos 43%.Para aqueles que assumem a tarefa
de cuidador informal, o inquérito revela ainda que o mais importante
para o desempenho dessa tarefa é a compreensão e a flexibilidade laboral
(73%), um valor que volta a colocar os jovens portugueses à frente dos
restantes europeus (59%). Os jovens portugueses destacam ainda a necessidade de apoio material/financeiro (58%) e de apoio psicológico (48%).Apenas
21% dos jovens em Portugal têm filhos, menos 12 pontos percentuais do
que os jovens europeus no seu conjunto. Por geração, quase 30% dos
millennials portugueses têm filhos.Se ao
nível da saúde física 55% dos jovens portugueses se consideram bem,
ainda que seis pontos percentuais abaixo do conjunto dos jovens
europeus, já no que diz respeito à saúde mental o cenário é um pouco
diferente: menos de metade (48%) diz ter boa saúde emocional, valor que
cai para 42% no caso da geração Z.Os dados
mostram ainda que os jovens europeus encontram um ambiente menos
saudável nas redes sociais do que no trabalho ou nos estudos. Além
disso, oito em cada 10 dizem ter um ambiente saudável junto das suas
famílias e amigos. Em Portugal, os millennials consideram o ambiente das redes sociais mais saudável do que os jovens da geração Z.A
maioria dos jovens portugueses segue os conselhos de vida saudável
dados pelos profissionais de saúde (56%). Tanto a geração Z (20%) como
os millennials (26%) portugueses confiam pouco nos influenciadores para
este tipo de conselhos.