Autor: Carolina Moreira
“Os Açores devem beneficiar de uma exceção, ao nível europeu, para que os produtos regionais possam continuar a ser produzidos de forma tradicional e possam ser beneficiados em detrimento de outros que chegam de fora da Região”, disse citado em nota de imprensa, destacando que “a Europa não pode ter dois pesos e duas medidas”.
Segundo José
Pacheco, “o grau de exigência da União Europeia é diferente conforme os
países”, dando como exemplo a aplicação de produtos fitofarmacêuticos
nos produtos hortofrutícolas.
“Nos Açores, dávamos uma calda à planta do nosso maracujá, mas agora já não se pode fazer, é preciso tirar um curso para poder aplicar produtos com químicos. Mas a mesma fruta que vem de França, por exemplo, leva os mesmos químicos sem exigências”, referiu.
Para o candidato do Chega, “estamos a condicionar a pequena produção local e continuamos de mão estendida para a Europa que se assume como a grande ditadora de regras que nem todos têm de cumprir”.
Por isso, em comunicado, José Pacheco defende que,
“pelo grau de natureza que temos, pela pouca poluição que temos, tem de
haver uma exceção que diz que neste lugar da Europa, as coisas funcionam
muito melhor, com condições de sanidade”.
Além disso, o candidato do Chega entende que os produtos regionais devem ser “promovidos e consumidos em todas as ilhas, pois a pequena economia de escala será mais proveitosa devido ao consumo interno do que apostando na exportação”.
“Que se crie um transporte marítimo adequado às nossas
ilhas. Não produzimos em grande escala, não precisamos de ter navios de
grande dimensão. Temos de saber promover o produto regional junto dos
comerciantes e consumidores da região. Andamos a dar subsídios para
importação de produtos que vêm de partes incertas quando, por exemplo, a
nossa meloa de Santa Maria não chega a todas as ilhas e é vendida às
grandes superfícies por tostões”, destacou.