José Luís Carneiro aponta descentralização e eleições nos Açores como prioridades do PS
1 de set. de 2020, 06:27
— Lusa/AO Online
José
Luís Carneiro falava de improviso no encerramento da Conferência
Nacional do PS, no auditório do Convento de São Francisco, em Coimbra,
numa intervenção em que também se referiu aos congressos federativos do
seu partido previstos para os próximos dias 12 e 13 de setembro.O
"número dois" da direção dos socialistas considerou então que o
"esforço de cooperação entre todas as estruturas [partidárias] é
essencial para que se reforce a estratégia de serviço ao país e às
comunidades locais". José Luís Carneiro
espera que os congressos federativos do PS "transmitam à sociedade
portuguesa o um elevado sentido de responsabilidade", sendo "um exemplo
em termos de comportamentos e atitudes". "Até
ao fim do ano, temos dois grandes desafios pela frente", o primeiro dos
quais "as eleições regionais nos Açores, onde o PS tem provas
inequívocas, historicamente constituídas, sobre a boa compatibilidade
entre a competitividade da economia e a coesão económica e social". "Temos
confiança na escolha do povo dos Açores. E, estamos certos, que Vasco
Cordeiro, pelo trabalho feito ao serviço dos açorianos, na senda de
Carlos César, reforçará a confiança que ao PS tem sido conferida.
Teremos, ainda, a eleição dos presidentes e de um dos vice-presidentes
das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)", disse
depois, referindo-se ao segundo desafio do seu partido.Neste
ponto referente à descentralização, José Luís Carneiro acentuou que os
socialistas estão empenhados no "reforço da legitimidade democrática das
CCDR, dando "mais um passo em frente". "Mantendo-se
o PS a favor da regionalização, mas não ignorando as alterações
constitucionais de 1997 e os resultados do referendo de 1998,
lideraremos, mais uma vez, o movimento de reforço dos poderes dos
municípios e das freguesias que, agora, irão participar na escolha dos
mais altos dirigentes das estruturas de poder regional. O PS foi, é e
será, sempre, o partido da descentralização e do reforço do poder dos
cidadãos", sustentou.Em relação aos
próximos meses, do ponto de vista político, o secretário-geral adjunto
do PS procurou prevenir os dirigentes socialistas em relação à atuação
de outras forças políticas."Pelo caminho,
haverá quem, não apresentando soluções ou contributos, estarão sempre
prontos para apontar falhas e para apontar alegados culpados", afirmou.Em
contraponto, José Luís Carneiro elogiou a liderança "serena, lúcida,
competente e confiante do primeiro-ministro", sobretudo na resposta à
covid-19.Numa espécie de breve balanço da
atividade do PS desde as eleições legislativas de outubro do ano
passado, José Luís Carneiro destacou o lançamento do "Fórum Mário
Soares", tendo como elemento essencial a digitalização do seu acervo
histórico, e a criação do "Centro da Esquerda", que pretende ser "um
espaço aberto ao debate e à reflexão, descomprometido da agenda política
e mediática".