Jornada da Juventude sem momentos pagos para ver o Papa
21 de out. de 2022, 16:40
— Lusa/AO Online
“Não
se paga para ver o Papa”, afirmou o bispo Américo Aguiar, presidente da
Fundação JMJ Lisboa 2023, durante um encontro com jornalistas na sede
da JMJ, na antiga Manutenção Militar, no Beato, em Lisboa, momentos após
o secretário executivo da organização, Duarte Ricciardi, ter
apresentado os preços dos vários “pacotes” disponíveis na inscrição dos
peregrinos.O “pacote” para a semana da
JMJ, incluindo alojamento, alimentação, transportes locais, seguro de
acidentes pessoais e kit do peregrino está fixado em 235 euros, com
desconto de 10% até 31 de dezembro e 5% até 15 de março.O
preço sobe para 255 euros, se o peregrino necessitar de acrescentar um
dia à permanência, antes ou depois da JMJ, nomeadamente devido à
data das viagens.O preço mais barato na inscrição é de 90 euros, para os peregrinos que apenas desejem seguro, transporte e kit.Há
ainda “pacotes” para o fim de semana (quatro dias), com valores entre
os 100 e os 140 euros, e para apenas a vigília e a missa final, entre os
50 e os 60 euros.Já os voluntários, com
colaboração prevista por duas semanas, pagarão 145 euros, com direito a
alojamento, transportes, alimentação, seguro e kit.Nos transportes não está incluída a viagem para Lisboa.Quanto
às refeições, a organização da Jornada está em diálogo com os
restaurantes de Lisboa, para que, com um voucher os peregrinos possam
tomar as refeições naqueles estabelecimentos. A
inscrição não é obrigatória para assistir aos eventos com a presença do
Papa, no entanto os espaços dos diferentes momentos estarão divididos
com locais com acesso prioritário para os peregrinos inscritos, e outros
locais de acesso livre.O Papa Francisco
será o primeiro peregrino a inscrever-se para a edição de 2023 da JMJ, o
que acontecerá ainda durante o mês de outubro.“Depois do Papa se inscrever, ficam abertas as inscrições no mundo inteiro”, disse Américo Aguiar.Entretanto,
e tendo em conta as dificuldades vividas nalguns países, é possível o
pedido de apoio ao Fundo de Solidariedade gerido pela Santa Sé para que
os jovens possam ter a oportunidade de participar na Jornada de Lisboa.“Para
nós os jovens lusófonos são uma prioridade”, admitiu Américo Aguiar,
acrescentando que o apoio deve ser discutido entre o Dicastério para os
Leigos, a Família e a Vida e as conferências episcopais de cada país.O
COL tem previstas visitas a todos os países lusófonos – já visitou o
Brasil -, estando a viagem a Angola e Moçambique prevista para novembro.
Estas deslocações pretendem sensibilizar os jovens desses países a
participarem na Jornada.A JMJLisboa2023,
que será encerrada pelo Papa, vai decorrer sob o lema “Maria levantou-se
e partiu apressadamente”, tendo a cidade de Lisboa sido anunciada no
final de janeiro de 2019, no Panamá, pelo pontífice, no encerramento da
Jornada Mundial da Juventude que decorreu naquele país.Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.A
JMJ foi instituída por João Paulo II, em 1985, e desde então tem-se
evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de
pessoas por todo o mundo.A primeira edição
aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou por Buenos
Aires (Argentina, 1987), Santiago de Compostela (Espanha, 1989),
Czestochowa (Polónia, 1991), Denver (Estados Unidos, 1993), Manila
(Filipinas, 1995), Paris (França, 1997), Roma (Itália, 2000), Toronto
(Canadá, 2002), Colónia (Alemanha, 2005), Sidney (Austrália, 2008),
Madrid (Espanha, 2011), Rio de Janeiro (Brasil, 2013), Cracóvia
(Polónia, 2016) e Cidade do Panamá (Panamá2019).