Joe Biden e Kamala Harris prometem à família mudanças importantes
EUA/Floyd
21 de abr. de 2021, 15:11
— Lusa/AO Online
Em conversa telefónica, o Presidente norte-americano transmitiu à família desejos de “que se sintam melhor agora”.Apesar
de reconhecer que nada vai mudar o que aconteceu ou curar o sofrimento,
Joe Biden considerou que “pelo menos há alguma justiça” e que o mundo
“começa a mudar agora”.“Vamos fazer muito mais” para abordar o racismo sistémico nos EUA, disse Joe Biden, acentuando cada palavra.As
palavras de Joe Biden foram recebidas com acenos de cabeça pela família
de George Floyd e advogado, reunida à volta de um telemóvel em
Minneapolis, momentos depois do anúncio da condenação do ex-polícia
Derek Chauvin, que estava em julgamento desde início do mês, respondendo
por ações que em 29 de maio de 2020 mataram o homem afro-americano,
asfixiado, com um joelho sobre o pescoço, durante nove minutos.O
Presidente contou à família que esteve atento a “ver cada segundo”,
junto com a vice-Presidente Kamala Harris e que se tratou de algo
“incrível”.Kamala Harris concordou
tratar-se de “justiça na América” e mostrou admiração pela “coragem da
família inteira” e por tudo o que “sacrificou”, declarando que a família
Floyd foi “líder” em exigir justiça e não aceitar derrotas.“A vossa família mostrou serem verdadeiros líderes neste momento em que precisamos”, disse Kamala Harris.“Em nome e memória de George”, a vice-Presidente dos EUA prometeu manter o “legado intacto”.O
ex-agente policial norte-americano Derek Chauvin foi hoje considerado
culpado de todas as acusações no julgamento do homicídio do
afro-americano George Floyd: homicídio em segundo grau, homicídio em
terceiro grau e homicídio por negligência.Como
não tem antecedentes criminais, Chauvin deverá cumprir um máximo de 12
anos e meio de prisão por cada uma das duas primeiras acusações e a
quatro anos de prisão pela terceira.Chauvin
tinha declarado inocência em todas as acusações, apesar de ter sido
filmado a segurar o joelho em cima do corpo de George Floyd, que repetia
a frase que se tornou icónica dos milhares de protestos que se
seguiram, “I can’t breathe” (“Não consigo respirar”).