Joaquim Silva assume não saber “lidar bem com a pressão de ser líder”
Volta
9 de ago. de 2022, 11:23
— Lusa/AO Online
“Dificilmente,
eu, na minha vida, irei discutir a Volta a Portugal, porque penso que
não consigo lidar bem com a pressão de estar a ser líder e de estar na
discussão da Volta”, desabafou em declarações à agência Lusa, após o
final da quarta etapa.O ciclista da Efapel
perdeu as opções de lutar pelo pódio no domingo, na subida à Torre, e na segund-feira integrou a fuga do dia, logo no terceiro quilómetro dos 169,1
percorridos entre a Guarda e Viseu, sendo alcançado a três da meta.“Eu
acho que o que fiz é muito normal em mim. Já há muitos anos que
tenho dias maus na carreira, já muitas vezes só eu e o carro da ‘bruxa’
[carro vassoura]. O dia a seguir é sempre o dia de levantar o pensamento
e nunca atirar a toalha ao chão”, afirmou.Silva
reconheceu que a terceira etapa, na qual perdeu 16.04 minutos para o
vencedor, o camisola amarela Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor),
“foi um dia não”. “Penso que trabalhámos
sempre de igual maneira durante o ano. Estivemos na disputa das corridas
todas, e eu também tive vários pódios, ganhei uma corrida [Clássica de
Viana do Castelo]. As coisas, às vezes, não saem como a gente espera. É
estranho, porque eu tive um dia muito mau, mas os meus parceiros fazem
os mesmos watts. Não sei, a concorrência está mais forte e temos de dar
os parabéns”, resumiu à Lusa.Agora,
segundo ‘Quim’, a Efapel tem de tentar a sua luta, “vencer uma etapa” e
tentar colocar Henrique Casimiro ou Tiago Antunes no ‘top 10’. “Prefiro
fazer a Volta nestes moldes, ajudar a equipa e tentar disputar uma
etapa. Não vale a pena insistir mais. Ainda sou novo, apesar de alguns
me chamarem veterano, por ter 30 anos, mas penso que ainda tenho muito
para dar ao ciclismo e eu também gosto de estar nas corridas todas para
disputá-las e é normal que na Volta não consiga estar no meu melhor”,
notou.