O
tribunal condenou ainda Salvador Fezas Vital a nove anos e seis meses
de prisão, Paulo Guichard a também nove anos e seis meses de prisão e
Fernando Lima a seis anos de prisão.Segundo
a juíza, os arguidos são “condenados de forma exemplar e expressiva
porque os factos que praticaram são graves” e a comunidade não
entenderia que assim não fosse.Rendeiro e
outros ex-administradores do BPP estavam acusados de crimes de fraude
fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e branqueamento de
capitais por factos que ocorreram entre 2003 e 2008 na sequência de se
terem atribuído prémios e apropriado de dinheiro do banco de forma
indevida.O tribunal deu como provado que
os arguidos João Rendeiro, Fezas Vital, Paulo Guichard e Fernando Lima
retiraram, no total, 31,280 milhões de euros para a sua esfera pessoal.
Do valor total, mais de 28 milhões de euros foram retirados entre 2005 e
2008.João Rendeiro retirou do banco para
si 13,613 milhões de euros, Salvador Fezas Vital 7,770 milhões de euros,
António Paulo Guichard 7,703 milhões de euros e Fernando Lima 2,193
milhões de euros.No âmbito do caso BPP,
João Rendeiro já estava condenado a cinco anos e oito meses de prisão
efetiva por crimes de falsidade informática. Também outros
administradores foram condenados.O
processo de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de
capitais do BPP, de que foi lido acórdão, foi extraído do primeiro
megaprocesso de falsidade informática.